Atos pelo país pedem justiça por Moïse Kabagambe, congolês espancado até a morte no Rio de Janeiro

Manifestantes se reuniram em frente ao quiosque Tropicália, na orla da Barra da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro, neste sábado (5), durante ato por justiça por Moïse Kabagambe, imigrante congolês espancado até a morte, em 24 de janeiro, no local. 

Mais de cem pessoas estiveram na manifestação, que teve início às 10h e se dispersou por volta de 15h. Imigrantes africanos participaram do ato encenando a morte de Moïse, espancado com um taco de beisebol. Um manifestante negro, com microfone em mãos, puxou o grito “parem de nos matar” . 

Em São Paulo, o protesto aconteceu no vão-livre do Masp, na Avenida Paulista. Em Brasília (DF), manifestantes se juntaram em frente ao Itamaraty e usaram tinta vermelha para encenar o derramamento de “sangue negro”.

“Obrigada por vocês estarem aqui por Moïse, vamos continuar lutando. Só quero Justiça pelo meu filho”, disse a mãe de Moïse Mugenyi, Ivana Lay, no ato na Barra da Tijuca.

O advogado da família, Rodrigo Mondego, reclama da falta de acesso ao inquérito policial. “Tudo o que a gente teve acesso foi pela imprensa. Pelo que a gente viu até agora, existe a possibilidade real de haver mais pessoas envolvidas [no assassinato], além dos três que foram presos. Teve gente que ajudou a amarrar ele”, falou Mondego.