Associações pedem celeridade aos governos estadual e municipal na decisão sobre o Carnaval 2022

As Associações representativas ligadas ao setor de entretenimento, em especial ao Carnaval de Salvador, enviaram na terça-feira (26), para o governador da Bahia, Rui Costa (PT), e para o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), uma carta aberta requerendo uma perspectiva unificada quanto à realização da festa em 2022.

De acordo com as entidades, faltando apenas cerca de quatro meses para a realização da festa, a indefinição dos poderes públicos prejudicam a organização e planejamento dos trabalhos.

“Estamos no final do segundo semestre e no Brasil, diversas cidades já confirmaram o interesse na realização do Carnaval. Em Salvador, berço cultural da festa, os segmentos envolvidos com o evento precisam se organizar e planejar os trabalhos. Estamos com um tempo curto, mas acreditamos na competência dos diversos atores envolvidos na festa que é o grande ativo do Estado na atração de turismo, emprego e renda”, diz parte da carta.

Na última segunda-feira (25), o prefeito Bruno Reis afirmou que a decisão para a realização do Carnaval de Salvador em 2022 depende de alinhamento com o Governo do Estado.

“Tenho dito que a Prefeitura é o principal organizador, mas ela não faz sozinha a festa. É importante que essa decisão seja em conjunto com o Governo do Estado, porque tem uma grande participação.”, disse durante coletiva de imprensa.

Bruno ressaltou ainda que espera que no mês de novembro possa ter a definição da realização do Carnaval na capital baiana.

“Precisamos durante o mês de novembro tomar uma decisão sobre o Réveillon e o Carnaval. O que eu tenho percebido, vendo o que está acontecendo no Brasil e no mundo é que os eventos estão voltando com uma grande quantidade de pessoas, em Goiânia nós tivemos um show de Gusttavo Lima com mais de 20 mil pessoas. Nós estamos avaliando todos esses fatores, conversando com técnicos e cientistas. Vamos decidir isso em novembro, porque se não nós não teremos tempo hábil para organizar”, falou.

Ainda segundo o documento, a retração econômica, decorrente da pandemia da Covid-19, atingiu a todos os setores de forma avassaladora.

“Por questões sanitárias, o setor de entretenimento ficou parado por mais de 18 meses, o que resultou em profundas e em alguns casos irreparáveis sequelas. Segmentos ligados ao Carnaval de Salvador, que movimenta bilhões na economia do Estado, foram duramente impactados, tais como: Blocos Carnavalescos e de Trios, Ambulantes, Cordeiros, Barraqueiros, Taxistas, Artistas, Camarotes, Bares, Restaurantes, Hotelaria dentre outros”, escreveram.

Assinam o documento:

Associações Representativas Comcar (Conselho Do Carnaval) 
APE – Associação dos Profissionais de Eventos 
ABC – Associação Baiana dos Camarotes 
Sinditaxi Unisamba Abeoc
Associação Brasileira Empresas de Eventos 
UBP (Blocos de Percussão) 
Associação Comanches Associação Cultural e Carnavalesca Apaches 
ABB – Associação dos Blocos da Barra 
ABIH – Associação Brasileira de Indústria de Hotéis 
ABRASEL Associação Brasileira de Bares Restaurantes 
ABRE Associação Brasileira de Entretenimento Bahia 
ABA Associação dos Blocos Alternativos Grupo Bahia 
SINDICORDA 
Abape Associação Baiana dos Produtores
ACEMA Associação Entidades Carnavalescas de Matriz Africana 
Abape Associação Baiana dos Produtores 
ASSIMDBAC 
Vendedores Ambulantes e Feirantes 
FC&VB – Federação de Convention &Visitors Bureaux 
SINDIMÚSICOS 
FETUR-BA – Federação Baiana de Turismo e Hospitalidade 
ABT- Associação dos Blocos de Trio