Associação Comercial de Feira de Santana cobra mais agilidade na duplicação da BR-116

O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana (ACEFS), Marcelo Alexandrino Souza, afirmou que a continuidade das obras de duplicação da BR-116/Bahia pelo Governo Federal é uma atitude louvável, mas cobrou maior agilidade para a conclusão de todo o entroncamento para que Feira tenha mais desenvolvimento econômico.  

Na última sexta-feira (12), a União entregou mais um trecho da duplicação, entre Feira de Santana e Santa Bárbara. De acordo com o ministro da infraestrutura, Tarcísio Freitas, já foram liberados 25,2 km de pista duplicada na rodovia.

Este é o maior entroncamento rodoviário do Nordeste, uma via importante do ponto de vista logístico, principalmente para o município de Feira de Santana.  

Na sexta-feira, em visita à Bahia, o ministro Tarcísio Freitas disse que as obras chegaram a mais de 50% do trecho. 

“A gente parabeniza o Governo Federal por ter dado continuidade a essas obras, mas precisamos de mais celeridade não só no trecho da BR-116 Norte, como da BR-101 Norte, assim como precisamos começar a BR-101 Sul para completar o nosso entroncamento rodoviário com todas as vias duplicadas”, pontuou.  

Alexandrino reconhece que há uma dificuldade do Governo Federal de conseguir recursos para a conclusão da duplicação, mas afirma que a finalização das obras, pode movimentar um crescimento de 5% a 10% no movimento de Feira de Santana, o que para ele representa um número significativo para a cidade. 

“Sabemos das dificuldades do Governo Federal com recursos, mas isso sim [conclusão da duplicação] vai trazer maior desenvolvimento para a região, porque Feira de Santana é o maior entroncamento rodoviário do Norte e Nordeste do Brasil. É o único ponto onde a BR-101 e a BR-116 se tocam no Brasil inteiro. A gente não ter essas vias já duplicadas na Bahia, mais precisamente em Feira de Santana, é uma situação indesejada”, diz.  

“No Brasil quase todo, se tem muitos trechos dessas duas vias duplicadas e só está faltando o trecho mais complexo que é a Bahia. A partir daí, a gente vai começar a ter mais reflexo. Hoje o trânsito é insuportável nessas vias. Para se ter ideia, o que o ministro liberou, de 25km daqui para a Serrinha, é importante, mas ainda faltam 40km. O mais importante é chegar a Serrinha e dar continuidade a duplicação”, completa.  

Segundo o presidente da Associação Comercial de Feira, outro problema que a conclusão da duplicação do entroncamento pode resolver é o tempo de transporte.  

“Hoje está levando 1h30 de Feira para Serrinha, isso é uma queda de produtividade no transporte. Precisamos ver com isso a diminuição do tempo de permanência, em tirar os engarrafamentos dessas cargas que circulam aqui por Feira de Santana, que não só prejudica a produtividade do país, como também atrasa toda a distribuição de materiais para a gente. [A conclusão irá] facilitar ainda mais a logística, que é uma vocação natural de Feira de Santana e creio que isso vai trazer novas empresas para Feira e trazer realmente desenvolvimento econômico e social para tentar suprimir um pouco o que a Covid trouxe pra gente”, explicou.