Após ato de vandalismo, Fundação Gregório de Matos faz vistoria no busto de Mãe Gilda

Após ter sido novamente alvo de vandalismo, na última quarta-feira (15), por um homem que disse estar “a mando de Deus”, o busto de Mãe Gilda de Ogum, que fica no Parque do Abaeté, em Salvador, passou por uma vistoria, na manhã desta quinta-feira (16), por membros da Fundação Gregório de Matos (FGM).

Esta não foi a primeira vez que o monumento sofreu ataques. Um ato foi registrado em novembro de 2016, o que fez com que o busto precisasse passar por uma restauração, sendo entregue no mês de novembro daquele mesmo ano.

A diretora de Patrimônio e Humanidades da FGM, Milena Tavares, alertou que “vale lembrar que essas ações são recorrentes nesse busto e que também danificaram Exú e Oxum, quando ainda estavam no prédio dos Correios da Pituba, obras de autoria de Mário Cravo Júnior, e Orixás implantados no Dique”. 

“Em 2000, Mãe Gilda foi atacada por membros da Assembleia de Deus, o que lhe custou a vida. O busto foi implantado em sua homenagem e desde então tem sido alvo recorrente de ataques. Urge uma lei que puna com maior rigor ações de tamanho desrespeito”, cobrou a gestora.

Para Fernando Guerreiro, presidente da FGM, “é preciso coibir estas ações de vândalos fanáticos, que em nome de um credo, não respeitam o direito de cada cidadão de ter liberdade de escolha. Além disso, destroem o patrimônio de nossa cidade, contribuindo com a escalada de uma violência ignorante e insana”.