APLB ameaça boicotar possível retorno às aulas semipresenciais na Bahia em julho

Caso as escolas da rede estadual reabram para aulas semipresenciais ainda em julho, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Bahia (APLB) vai orientar que a medida seja descumprida. O presidente da entidade, Rui Oliveira, enfatiza que os educadores só devem voltar às atividades presenciais após a “completa imunização contra a Covid-19”.

“Ele [governador Rui Costa] está estimando a volta às atividades presenciais, mas eu acho que não vai ocorrer porque nós não vamos deixar. Estamos focados na defesa da vida, então nossa decisão de só retornar às aulas presenciais após a imunização completa dos educadores está mantida”, afirmou o sindicalista.

Ainda sem data cravada para reabrir as escolas estaduais no formato híbrido – junção entre aulas presenciais e ensino a distância – , o governador Rui Costa (PT) planeja anunciar a retomada semipresencial na próxima quarta-feira (14). O prazo foi dado por ele na última sexta (9), durante coletiva à imprensa, na cidade de Ribeira do Pombal.

Rui Costa, porém, ponderou que o retorno às classes semipresenciais na rede estadual ocorrerá apenas se a Bahia não registrar alta no número de caso de infectados e mortes pela Covid-19. 

Procurada para comentar a declaração do presidente da APLB em relação à resistência da categoria em uma possível volta às aulas híbridas no mês de julho, a Secretaria de Educação da Bahia (SEC) não respondeu aos questionamentos do Portal M! até a publicação desta matéria.

Óbitos na educação

Ao reforçar a divergência da APLB quanto ao retorno das atividades escolares semipresenciais, Rui Oliveira citou o número de mortes de profissionais de educação na Bahia. Segundo levantamento do sindicato, 320 pessoas morreram em decorrência da Covid-19.

“Diante dessa situação, Rui Costa não ouviu a entidade sobre a segurança na volta às aulas. Então, nós não vamos topar, não tem volta certa”, reforçou o representante da APLB.