Alta de mortes por Covid-19 alerta sistema funerário e faz Prefeitura de Salvador abrir novas vagas em cemitérios
Em Salvador, Semop licitou 1.125 novas gavetas para utilização no segundo semestre nos cemitérios municipais
Com a alta de mortes por Covid-19 e a iminência de colapso do sistema de saúde, de todo o Brasil, o sistema funerário tem sentido a pressão e algumas cidades estão abrindo mais vagas de gavetas nos cemitérios.
Em Salvador, de acordo com a secretaria Municipal de Ordem Pública – Semop, a média histórica de sepultamentos antes da pandemia era em torno de 12 por dia e a média atual, durante a pandemia, é de 17 sepultamentos diários. Em junho de 2020, no auge da pandemia, foram registrados 313 sepultamentos. Até o último dia 17 de março, a capital baiana já havia registrado 400 sepultamentos no mês.
Ainda segundo a Semop, 1.125 novas gavetas para utilização no segundo semestre nos cemitérios municipais, já foram licitadas e com previsão de entrega de 90 dias, a contar após o início da obra.
Uma empresária do ramo funerário na capital baiana também disse ao Portal M! que o maior problema é a falta de caixões.
“Estamos com pedidos atrasados. A média de sepultamentos aumentou. Tive que vender caixão mais caro, por preço de caixão mais simples, por causa da demanda”, disse a empresária que pediu anonimato.
Procurado pelo M!, Lourival Panhozzi, presidente da Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário – Abredif, disse que em 2020, houve um aumento de 15% do número absoluto de mortes no Brasil, “algo absolutamente administrável”.
“A causa morte tem uma relevância, mas não impacta no número absoluto. Agora em março, estamos acima de 30%, número que começa a preocupar, por que é crescente. É claro que nos faz tomar atitudes preventivas e que nos faz suportar essa pressão”, pontuou.
Para Lourival o momento é de planejamento e sintonia para conseguir dar conta dessa situação.
“A palavra de ordem agora é planejamento. Eu administrava um cemitério onde fazíamos 35 sepultamentos por dia e com quatro equipes fazia um sepultamento a cada 15 minutos. O segredo de tudo é planejamento. A medida que alguns governos têm tomado que obriga pegar o corpo no hospital e levar imediatamente para o cemitério é extremamente equivocado”, explicou.
“O corpo tem que ser levado para o cemitério quando o cemitério estiver preparado para realizar o sepultamento. Não existe nada que demonstre a necessidade de levar o corpo para o cemitério. Isso foi copiado de algum lugar e que gera um resultado negativo para nós. Havendo planejamento, coordenação e sintonia entre quem está no topo e na base da pirâmide, vamos conseguir dar conta dessa situação”, completou.
Questionado sobre um possível colapso no setor, Lourival Panhozzi disse que a chance é mínima.
“É difícil fazer essa previsão. No Brasil todo, não existe a mínima chance. Em alguma cidade, eventualmente em um período de maior dificuldade, sempre existe. Isso acontece para qualquer tipo de atividade. É mais remota? Sim! Mas a estrutura base da matriz funerária do Brasil é muito sólida. Se isso tiver de acontecer, estaremos batendo na porta do fim do mundo”, concluiu.
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