A violência é um grande problema para o público LGBTQIA+, diz Renildo Barbosa
O coordenador do Centro de Promoção e Defesa dos Direitos LGBTQIA+ da Bahia (CPDD), falou o que vem fazendo para melhorar a vida dessas pessoas
Mesmo após ter alcançado inúmeras conquistas no decorrer dos anos, como o reconhecimento dos direitos civis, dentre outras, a população LGBTQIA+ ainda enfrenta desafios em relação ao acesso à saúde, educação e trabalho. As questões relativas ao preconceito devido à opção sexual e identidade de gênero estão longe de ter uma solução. Os dados da violência que atinge esse público mostram que ainda há um longo caminho a percorrer.
Como grande defensor da causa, o coordenador do Centro de Promoção e Defesa dos Direitos LGBTQIA+ da Bahia (CPDD), Renildo Barbosa, destacou em entrevista nesta quarta-feira (25), no programa Nova Manhã da rádio Nova Brasil FM, com o editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, o que vem sendo feito para melhorar a vida dessa população.
“O nosso centro, que é ligado a Secretaria de Justiça de Direitos Humanos do Governo do Estado, faz um trabalho que vai a toda Bahia, tanto presencial quanto remoto. Hoje, nós temos desde maio do ano passado, atendimentos para mais de 60 pessoas LGBTQIA+ diretas e seus familiares, e pessoas próximas que têm vínculo indiretamente. Então, é um trabalho de excelência por uma equipe multiprofissional composta por advogados, pedagogos e assistentes sociais, que visa trazer cuidados para o centro das discussões e dar autonomia a essas pessoas”, destacou Renildo.
Dentre os principais desafios desses grupos, o coordenador-geral aponta a violência com um grande problema que ainda assola a população LGBTQIA+.
“Já tivemos casos de pessoas que nós atendíamos e por acaso, sofreu violência física. Já houve ao menos dois assassinatos de pessoas que eram atendidas conosco. Imagine que a gente não pode sequer olhar com carinho pela pessoa que temos um laço afetivo publicamente, sem contar que muitas famílias por questões religiosas expulsam de suas casas pessoas LGBTQIA+. Hoje, nós temos um número grande dessas pessoas sendo acolhidas nas unidades institucionais, tanto daqui de Salvador quanto no interior do estado.”
Perfil
Dentre o perfil de público que a CPDD abrange, Renildo Barbosa destacou que grande parte é formada por pessoas em vulnerabilidade e que estão em situação de pobreza.
“Neste perfil, nós temos muitas pessoas trans e um número de ações para este público. São pessoas vulneráveis que estão situações de violência, que não têm nenhum recurso e que podem estar na pobreza ou abaixo dessa linha. Muitas delas precisam de algum apoio técnico de psicólogo e assistência social. Temos um orçamento de quase três milhões financiados pelo Fundo de Combate à Pobreza”, frisou.
Para travestis e transexuais, a principal barreira é fazer valer o uso do nome social e ser tratado conforme o gênero com o qual se identifica. Essa é uma das ações mais importantes realizadas no CPDD. Todo o processo é gratuito.
“Temos ações para esse público, como o acesso gratuito para mudança de nome e gênero. As pessoas trans chegam e oferecemos a dignidade que ela pode ter garantindo essa mudança de nome por aquele que se adéqua a sua identidade e seu gênero. Além disso, oferecemos cursos preparatórios para promover a formação de pelo menos o nível médio dessas pessoas e acessar vagas que nós temos em universidades estaduais para aquelas que podem ir pro nível superior tanto da graduação quanto a pós”, afirmou.
*Confira a entrevista na íntegra:
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