“A UFBA não contribuiu como deveria na pandemia”, pontua Célia Sacramento durante disputa pela reitoria

Em ritmo de campanha eleitoral pela reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a ex-vice-prefeita de Salvador, Célia Sacramento, disse que tem como objetivo levar a instituição para o rol das cinco melhores do Brasil, além de aproximar o núcleo acadêmico da sociedade. Votação está prevista a partir de 1º de junho.

“Junto com o professor Fernando Conceição, queremos levar o projeto ‘UFBA  Diversa e Inclusiva em Defesa da Ciência e da Vida’. Temos perspectivas de envolver a universidade em projetos que viabilizem a sociedade”, disse Célia que é mestre em Controladoria e Contabilidade pela Universidade de São Paulo (USP) e doutora em Engenharia de Produção pela Universidade Federal Santa Catarina (UFSC).

Célia pontuou que durante a pandemia da Covid-19, enquanto muitas universidade internacionais estavam focadas em contribuir para o avanço da descoberta de mais informações sobre o vírus, assim como a vacina, a Ufba seguiu fechada, sem contribuição significativa.

“O que a gente propõe é uma mudança alternativa para viabilizar uma gestão inclusiva e diversa, focada na defesa da ciência e da vida. Com um detalhe dos estudos da cultura e da arte. Nosso ponto principal é fazer com que os projetos possam contribuir com a mudança social. A UFBA não contribuui como deveria na pandemia”, lamentou, que tem 27 anos de carreira acadêmica.

“Para entendermos as necessidades, estamos realizando audição com todos os departamentos da universidade. Semana passada conversamos no Instituto de Ciências e Saúde, depois com Engenharia e Arquitetura e hoje com Odontologia. Então, estamos ouvindo cada um. Estamos disponíveis para discutir e ouvir e nosso foco é todo voltado para uma gestão que consiga dar respostas para sociedade soteropolitana, baiana e brasileira. Que os projetos de pesquisa sejam mais participativos e inclusivos à sociedade como um todo”, completou a professora.

Questionada se havia deixado a vida política para a acadêmica, Célia revelou que segue filiada a Rede Sustentabilidade e que nunca deixou a sala de aula. Para a chapa de reitoria, ela vê a oportunidade com bons olhos, com boas chances de ganhar ao lado do professor Fernando Conceição, autor da obra “Milton Santos, uma biografia” e do livro “Cala a Boca Calabar”.

“Eu tenho 27 anos de carreira acadêmica e desde os 26 anos professora universitária, talvez a mais jovem. Fui para politica depois que os grupos negros me convidaram. Topei o desafio e fui. Então, desde 2008 que estou inserida na política partidária, mas nunca deixei a vida academica”, declarou.