“É brutal o que o segmento de entretenimento atravessa hoje”, diz Binho Ulm sobre falta de diálogo com Rui Costa 

Mesmo observando com otimismo e esperança a fase atual da pandemia da Covid-19, devido o avanço da vacinação, o empresário Binho Ulm, da 2GB Produções destaca a barreira que o setor do entretenimento baiano tem enfrentado com a falta de diálogo com o governador Rui Costa (PT). De acordo com ele, é brutal o que o segmento atravessa hoje.

“Acho que com o avanço da vacinação, esse diálogo teria que ser mais efetivo com nosso segmento. O segmento de entretenimento da Bahia sempre foi parceiro do estado e município. A gente projetou nosso Carnaval para o Brasil e mundo. Entendemos que essa projeção e geração de emprego e renda seja importante para nossa cidade”, afirma o empresário em entrevista para programa Nova Manhã, da rádio Nova Brasil FM (104,7 FM), comandado pelo editor-chefe do Portal M!, o jornalista Osvaldo Lyra. 

Binho afirma que a falta de planejamento e segurança no setor, causada pelos decretos do Governo da Bahia, deixa praticamente impossível o trabalho dos empresários da área. Para ilustrar o caso, ele citou a realização do Réveillon deste ano em Praia do Forte, que segundo ele gerou cerca de cinco mil empregos por dia. 

“Na época que a gente realizou o Réveillon em Praia do Forte, o decreto permitia até 5 mil pessoas, que nos permitiu realizar um dos maiores Réveillons do Brasil, no qual geramos cinco mil empregos por dia, durante os cinco dias de festas. Daí a gente é surpreendido com o decreto após o Réveillon, obviamente com o avanço da variante, que foi reduzindo para 3 mil e no último momento para 1.500 pessoas. Tivemos que esperar o último decreto e aí conseguimos realizar o baile no Clube Espanhol. Mas é muito difícil para um trade trabalhar desta forma, sem planejamento e segurança, para médio e a longo prazo fica praticamente impossível”, explica.  

Já referente a decisão do governador Rui Costa e o prefeito Bruno Reis (DEM) de suspender os pontos facultativos nos feriados com o intuito de conter aglomerações e festas, o empresário diz que essa atitude dificulta ainda mais as possibilidades dos trabalhadores da área em realizar eventos.  

“É uma atitude que eles fazem que no meu entendimento só prejudica o trade. Não decretar o feriado vai evitar que não haja aglomeração no metrô, pontos de ônibus e shopping? Acho que efetivamente o saldo do final é muito pouco positivo para o transtorno que causa no segmento em todo trade turístico na cidade”, pontua. 

Assista a entrevista: