ARTIGO: Tributo a Bira da Silva
Ubirajara Maciel Silva, seu nome de registro, é soteropolitano, nascido em 29.02.1944, a Av. Dr. JJ. Seabra (Barroquinha), onde viveu sua adolescência, até o início da sua fase adulta. Filho de Seu Nonô e D.Bizuca, teve mais 3 irmãos: duas irmãs e seu irmão Tião da Cuíca, que também enveredou pela música. Estudou na Escola […]
Ubirajara Maciel Silva, seu nome de registro, é soteropolitano, nascido em 29.02.1944, a Av. Dr. JJ. Seabra (Barroquinha), onde viveu sua adolescência, até o início da sua fase adulta. Filho de Seu Nonô e D.Bizuca, teve mais 3 irmãos: duas irmãs e seu irmão Tião da Cuíca, que também enveredou pela música. Estudou na Escola Técnica Federal da Bahia (ETFBA), onde fez um curso técnico.
Desde criança, teve um fascínio pela percussão, pois tinha em Nelson Maleiro seu mestre e incentivador. Bira frequentava a Oficina Multiuso de Investigação Musical, na Barroquinha, no.28, onde desenvolveu sua habilidade musical percussiva.
Bira, aos 16 anos inicia sua trajetória musical integrando a famosa “Orquestra de Carlito e seu Conjunto”, cujos músicos destacaram-se pelo talento. A Orquestra era formada por 12 (doze) músicos com idades entre 16 e 18 anos: Bira e Armando Bolero (percussão), Lindberg Cardoso (sax), Perinho e Moacir Albuquerque (cordas) e o croner Paulinho Boca de Cantor, entre outros.
No final dos anos 60 (século XX), Bira com seu irmão, Tião da Cuíca e Miro Pandeiro De Ouro criaram o Grupo de Samba (Samba Cinco). Ele gostava de futebol, torcia pelo Esporte Clube Bahia, Botafogo de Futebol e Regatas e praticou o futebol como zagueiro Central
defendendo a Associação Desportiva Ouro Preto, time amador composto por jovens moradores da Barroquinha, que ganhou vários títulos na categoria de amadores nos anos 60,
campeonato institucionalizado pela FBF.
Em 1971, vai para o Rio de Janeiro e passa a integrar o Conjunto de Caetano Veloso e reencontrou-se com os antigos músicos da Orquestra de Carlito. Fez parte das bandas de Gilberto Gil, Maria Bethânia, Gal Costa e Fafá de Belém. Bira sempre vinha a Salvador e passava na Oficina de Maleiro e na casa de meus pais. Lembro-me que várias vezes me
confidenciava que os instrumentos por ele utilizados em suas apresentações eram feitos pelo Mestre Maleiro pela qualidade, alta sonoridade e afinação (tumbadoras, agogôs, triângulos, pandeiro, ganzé e outros).
Foram 20 anos viajando pelo Brasil e exterior. Dentre os vários shows que o percussionista Bira da Silva participou recordo-me de: Chico e Caetano Veloso, ao vivo no TCA em Salvador em 1972, gravação do 1º. LP de Fafá de Belém “Tamba Tá Já” em 1976 e, em 1979, no Canecão show de Maria Bethânia, que ao final citava o nome dos seus companheiros de trabalho.
Bira foi um animado folião do Carnaval da Bahia. Morava no Rio de Janeiro, nas não deixava de vir participar do Carnaval de Salvador. Foi folião dos Mercadores de Bagdá, Cavalheiros de Bagdá, Juventude do Garcia, Caciques do Garcia e todos os anos retornava para Salvador, no Carnaval para o desfile da Barroquinha Zero Hora, seu bloco de coração.
Casou-se em 30.11.1973, na Igreja de N. Sra. De Fátima, do Colégio Antônio Vieira, com Maria Lúcia Simões Silva e dessa união, teve uma filha Marta Maria Simões Silva.Ele faleceu em 06.10.2006, no Rio de Janeiro, e foi sepultado no Cemitério João Batista, deixando imensa contribuição à musica percussiva e saudade aos amigos que conviveram com ele.
Essa é uma homenagem da Associação dos Amigos de Nelson Maleiro “O Gigante de Bagdá” a um ilustre discípulo que preconizou o legado de Nelson Maleiro e mandará celebrar uma
missa em sua memória no dia 29.02.2020 na Igreja de São Pedro Bira da Silva, foi um dos primeiros Percussionista a espraiar a música percussiva baiana aos quatro cantos do mundo.
*Ivan de Jesus Lima – vice-presidente da Associação dos Amigos de Nelson Maleiro “O Gigante de Bagdá” Memorialista e Pesquisador da Cultura Popular.
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