ARTIGO: Tecnologia, educação e omeletes*
As muitas leviandades e atrocidades a circular, diariamente, pelos milhões de smartphones espalhados pelo Brasil têm realçado o lado menor e mais vulgar dessas tecnologias. No entanto, é, também, por meio desses mesmos canais que nos chegam, por vezes, informações enriquecedoras. O lado bom e as vantagens de ter informações circulando em alta velocidade são […]
As muitas leviandades e atrocidades a circular, diariamente, pelos milhões de smartphones espalhados pelo Brasil têm realçado o lado menor e mais vulgar dessas tecnologias. No entanto, é, também, por meio desses mesmos canais que nos chegam, por vezes, informações enriquecedoras. O lado bom e as vantagens de ter informações circulando em alta velocidade são inegáveis e largamente divulgados, não carecendo de maiores defesas.
Gostaria, inclusive, a título de exemplo dessas maravilhas, de dividir o conteúdo de uma mensagem que recebi de um fraterno amigo, na qual ele explicita a sua indignação com o fechamento da Escola Estadual Odorico Tavares, localizada no Corredor da Vitória, um dos metros quadrados mais caros do Nordeste, segundo o mesmo. Na sua visão, com a qual concordo, o fechamento do colégio é mais um caso de racismo ambiental e de gentrificação gritante por ser capitaneado por um governo que se intitula de esquerda.
Para ele, a intenção do atual governador com a medida é a de manter os negros e pobres nas suas zonas de exclusão física e cultural, alijando-os de frequentarem os locais reservados à elite branca da cidade de Salvador. Em síntese, trata-se da desconstrução de um lugar público, um dos poucos naquela região acessados pelos pobres fora da condição de empregados ou pedintes.
Conforme antecipa o meu perspicaz amigo, a gestão estadual defenderá a necessidade de oferecer novas vagas em escolas mais próximas das residências dos estudantes, aprofundando ainda mais o apartheid social já existente na cidade. Anunciará a necessidade de vender o equipamento para manter o equilíbrio das contas do Estado, fator que se tornou motivo de orgulho, diante da falência de diversas outras unidades da Federação. E dirá, por fim, que não é possível fazer omeletes sem quebrar os ovos.
Sobre a impossibilidade do preparo do prato com ovos inteiros, tenho que concordar, mais uma vez, com a sagaz conclusão do amigo querido, quando afirma que ‘o problema é que os ovos a serem quebrados são sempre os mesmos: os negros e pobres dessa nossa bela cidade’.
*Leonardo Queiroz é advogado
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