ARTIGO: O vilão é fundamental*
Desde o advento das teoria de Karl Marx (1818-1883), filósofo e sociólogo alemão, os empresários, aqueles segmentos da sociedade detentores dos meios de produção, passaram a ser vistos como os grandes vilões das desigualdades sociais em todo o mundo. Isto porque a eles foi atribuído o sentimento de só pensarem nos lucros e na riqueza, […]
Desde o advento das teoria de Karl Marx (1818-1883), filósofo e sociólogo alemão, os empresários, aqueles segmentos da sociedade detentores dos meios de produção, passaram a ser vistos como os grandes vilões das desigualdades sociais em todo o mundo. Isto porque a eles foi atribuído o sentimento de só pensarem nos lucros e na riqueza, pessoal e pouco se ligarem no bem estar da sociedade.
Mas se contrapondo à teoria da vilania da classe empresarial, Winston Leonard Churchil (1874-1965), considerado um dos maiores estadistas da humanidade, ex primeiro ministro britânico durante a Segunda Guerra Mundial, dizia que: “Muitos olham para o empresário como o lobo a ser caçado; outros olham para ele como a vaca a ser ordenhada; poucos são os que o enxergam como o cavalo que puxa a carroça”.
No atual estágio de pandemia médico-social, torna-se fundamental que haja cavalos para puxar as carroças da economia, para tirá-la do atoleiro que se avizinha, e suas consequências nefastas que influenciarão todo o desenvolvimento do presente e, principalmente, do futuro. A economia, não as estatísticas que aferem lucros ou prejuízos, é a base do próprio desenvolvimento da humanidade, na medida em que proporcionando as condições estruturais da produção, fomenta-se o bem estar físico e mental da população, que passa a dispor dos meios necessários para se enfrentar os desafios da sua própria existência.
O próprio Marx já havia sugerido que o desenvolvimento geral da ciência e do progresso tecnológico – a utilização do conhecimento científico e tecnológico na produção capitalista – torna-se o motor da criação da riqueza efetiva. E conclui que “por meio do aumento na produção e na oferta de produtos, o que leva à redução de seus preços, os capitalistas aumentam o poder de compra dos salários que eles pagam”, o que por si só, resulta em maciça e progressiva melhoria de seu bem-estar econômico.
A vida sempre está em primeiro lugar e é a prioridade das prioridades. Mas para mantê-la, é preciso que sejam criadas condições para que ela possa se desenvolver e evoluir. E Isso implica na produção de bens, quer seja o bem estar em si, quer sejam as condições de saúde. No Brasil da pandemia do coronavírus (Covid-19) torna-se fundamental a manutenção da produção industrial para que aqueles que cuidam da saúde e no auxílio aos mais necessitados, disponham dos meios e mecanismos necessários para atuar no combate às doenças e, principalmente, na sua prevenção.
No contexto atual, a vontade de salvar e auxiliar o próximo, é o primeiro passo em cada processo de crescimento da sociedade. Mas essa vontade que mobiliza a sociedade em todos os seus extratos, só se torna viável se for acompanhada dos meios necessários aos auxílio. E para viabilizar as ações salvadoras com que todos buscam ajudar os mais necessitados, é preciso haver quem produza, quem transporte, quem abasteça, sejam de alimentos e insumos, a equipamentos e medicamentos.
Nada cai do céu como em um milagre, a não ser a chuva. O milagre dos benefícios, do auxílio aos necessitados, tem que ser construído por aqueles que têm condições de realizá-lo para prover de sustentos os que não podem produzir e para garantir que eles próprios continuem a realizar a assistência salvadora dos que estão impossibilitados.
Mais do que nunca, na linha de frente dos trabalhos de auxílio, é preciso que haja os cavalos citados por Winston Churchil para puxar e empurrar as carroças da economia, para que possam trazer os suprimentos, insumos e equipamentos, para os que estão na ponta na tarefa salvadora.
O vilão das teorias marxistas, também é necessário e bem-vindo!
* Adilson Fonseca é jornalista e escreve neste espaço sempre às quartas-feiras.
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