ARTIGO: O porquê de se torcer contra
Pesquisa da Sociedade Europeia de Cardiologia (European Society of Cardiology), realizada entre 10 de março e 10 de abril, e cujos resultados vieram à tona nos últimos dias, indica que o uso de hidroxicloroquina em pacientes com Coronavírus (Covid-19) não causa arritmia. O estudo, feito com 649 pacientes com Covid-19, foi realizado em um hospital […]
Pesquisa da Sociedade Europeia de Cardiologia (European Society of Cardiology), realizada entre 10 de março e 10 de abril, e cujos resultados vieram à tona nos últimos dias, indica que o uso de hidroxicloroquina em pacientes com Coronavírus (Covid-19) não causa arritmia. O estudo, feito com 649 pacientes com Covid-19, foi realizado em um hospital de Zurique (Suíça), no Centro de Cardiologia de Milão (Itália) e outros sete hospitais.
O estudo não foi realizado com o objetivo de mostrar o tratamento contra a Covid com o uso da hidroxicloroquina, mas sim para saber se o seu uso causava a arritmia, que é a alteração nos batimentos do coração. Se o coração bater muito rápido, é chamado de taquicardia. Caso os batimentos sejam muito lentos, o nome dado é bradicardia. Dos 649 pacientes testados, apenas 1% teve arritmia, que segundo a pesquisa, não foi associada ao uso do medicamento. Foram, testados pacientes com mais de 60 anos de idade (46% homens e 54% mulheres) sem registros de alterações cardíacas.
Nos Estados Unidos, um coquetel de medicamentos ministrado a pacientes com Covid-19, em um hospital da Flórida, apresentou resultados positivos e funcionou em 95% dos casos em que a doença estava na sua fase inicial. Os testes ainda são preliminares e o coquetel será agora objeto de um estudo clínico para comprovar sua eficácia contra a doença causada pelo coronavírus. O coquetel é um composto de vitaminas, zinco, corticoides, anticoagulantes e antibióticos. A pesquisa conta com o respaldo do Departamento de Saúde da Flórida e do centro de saúde Centro Médico Regional Heart da Flórida.
No Brasil, a politização do coronavírus já era intensa, e qualquer que fosse o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro, a favor do uso da hidroxicloroquina como forma de tratamento precoce contra o coronavírus, encontrava resposta negativa. O argumento era um só: não havia, e ainda não há, uma comprovação científica baseada em publicações especializadas, que atestem a eficácia do medicamento. Contudo, esse argumento, embasado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), vem sendo contestado, não apenas com publicações diversas, mas também por cientistas e médicos diversos.
No próximo dia 03 de outubro, o Ministério da Saúde vai promover o Dia Nacional de Conscientização do Tratamento Precoce, que pretende alertar aos brasileiros para buscar atendimento médico tão logo apareçam os primeiros sinais de qualquer doença, em meio à pandemia de Covid-19. Anteriormente, na gestão do ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta, a orientação era para que somente nos sintomas graves as pessoas deveriam buscar atendimento médico-hospitalar. A própria OMS vem revendo uma série de conceitos antes emitidos como verdade suprema, atestando que o processo de lidar com a Covid-19 é um constante aprendizado.
A campanha que o governo brasileiro vai desencadear leva em conta não a cura da doença, mas a sua prevenção, e ocorre pouco mais de sete meses depois do primeiro caso confirmado de infecção pelo novo coronavírus, e em meio à defesa do governo federal pelo uso da cloroquina nos primeiros sintomas da doença respiratória. Embora não haja comprovação de eficácia, o Ministério da Saúde adotou o procedimento como protocolo, onde o médico, com a anuência do paciente, pode ou não recomendar o seu uso.
A mesma urgência que faz com que vacinas de diversos laboratórios sejam testadas e antecipadas o seu uso, é a mesma que se faz na busca de alternativas para o tratamento da Covid-19. As vacinas, cujos prazos de maturação até a sua aplicação em larga escala na população, demora vários anos, porque são precisos uma série de testes com um amplo público. Mas a realidade pandêmica não pode esperar, sob todos os riscos científicos. O mesmo acontece com os atuais medicamentos, onde a hidroxicloroquina desponta como método preventivo ou de tratamento inicial, também não pode esperar até que sejam protocolados os estudos.
Tanto os pacientes tratados com hidroxicloroquina no Brasil, como aqueles que usaram o coquetel de medicamentos em um hospital da Flórida, nos Estados Unidos, agradecem. Só não agradecem aqueles que, por questões ideológicas contra o presidente Jair Bolsonaro, vetam quaisquer tentativas de cura, preferindo esperar e apostar na sorte, com o surgimento de uma vacina, que também, por enquanto não tem comprovação científica.
* Adilson Fonseca é jornalista e escreve neste espaço às quartas-feiras
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