Artigo: Inconformismo

O clamor é uníssono: destruir o atual governo, mesmo que à custa da destruição do País e do seu povo. Afinal o que está funcionando, institucionalmente, no Brasil? Tudo. A liberdade da imprensa, Congresso (Câmara e Senado), empresas, livre mercado, Banco Central independente. Mas o que mais se evidencia no meio da turbulência sanitária, causada […]


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Ana Cristina 07/04/2021 08:00 Artigos

O clamor é uníssono: destruir o atual governo, mesmo que à custa da destruição do País e do seu povo. Afinal o que está funcionando, institucionalmente, no Brasil? Tudo. A liberdade da imprensa, Congresso (Câmara e Senado), empresas, livre mercado, Banco Central independente. Mas o que mais se evidencia no meio da turbulência sanitária, causada pela pandemia do coronavírus, é o inconformismo, escancarado desde 1º de janeiro de 2019, daqueles que não aceitam o resultado das urnas que elegeram Jair Bolsonaro como presidente do Brasil.

Primeiro veio o “ódio do bem”, com manifestações grotescas de artistas, políticos e, de forma decepcionante, de jornalistas. Da caricatura de um Bolsonaro decapitado e cuja cabeça é carregada em um carrinho de mão por crianças, à manifestação de artistas da Rede Globo, como Paulo Betti e Maria Flor, feitas com requintes de sadismo, todas explicitando o desejo de matar o presidente. Chegou-se à beira do abismo moral. Artistas como Mano Góes vão mais longe e desejam a morte do presidente e de sua família, queimados em um avião, e jornalistas, como Mário Sergio Conti, da Folha, que quer um golpe militar pra derrubar o presidente.

No meio da pantomima em que se transformou o Brasil, profissionais de imprensa de quilate nacional como Ricardo Noblat e Hélio Schwartsman, propuseram, respectivamente, o suicídio e a morte do presidente, por uma única razão: o inconformismo com as eleições de 2018. O jornalista Mário Sérgio Conti, no golpe militar que almeja, tem como inspiração a tentativa de deposição de Adolf Hitler, o líder nazista na Segunda Guerra Mundial, com a sua morte, para que os militares assumissem o poder. Ele sugere o mesmo com Bolsonaro, no chamado “golpe do bem”.

Até prova em contrário, o presidente Jair Bolsonaro tem governado com a Constituição nas mãos. E o maior exemplo disso tem sido a tolerância com as manifestações de uma oposição, na maioria das vezes, raivosa, radical e inconsequente. O tipo de oposição que vem acontecendo no Brasil, cria um clima de insegurança, e textos e manifestações em que se exalam o ódio pessoal, são estímulos para aventuras, não institucionais, mas de extremistas, civil ou militar, que respaldados por manifestações dessa natureza, podem atentar contra a vida do presidente e as instituições. 

Como cassandras, que preveem o caos e enxergam um tanque de guerra e tropas armadas em cada esquina, os oposicionistas inconformados e raivosos veem um golpe ou auto golpe em uma mudança ministerial, mesmo que essa mudança seja uma atribuição exclusiva do presidente da República, como reza a Constituição. Esquecem que o Ministério da Defesa, criado em 1999, já foi ocupado até mesmo por um comunista convicto, filiado ao Partido Comunista do Brasil (PC do B), Aldo Rabelo. 

Na missão uníssona, que parece ser unicamente a de destruir o País como meio para derrubar o presidente, busca-se a desestabilização das formas mais torpes possíveis, com prejuízos incalculáveis para todos. Em cada ato, ou palavras do presidente, os inconformados veem um ditador pronto para o auto golpe. Como não saíram ainda de 1964, lá estacionados há quase seis décadas, veem numa mudança ministerial, o Armagedon que levaria o país à uma ditadura. Como vivandeiras de quarteis, alimentam o fetiche de um golpe militar, que povoa a cabeça dos mais radicais, e veem ilegalidades em quaisquer atos do presidente da República, mesmo que estes estejam dentro dos preceitos legais e constitucionais.

A Democracia moderna, tal como a concebemos hoje, é pautada em ordenamentos jurídicos e instituições políticas sólidas, que representam os três poderes (Executivo, Judiciário e Legislativo). Já a Ditadura é um regime de governo onde o poder está concentrado nas mãos de um indivíduo ou grupo. Mas os inconformados com as eleições de 2018 bradam contra a ditadura, mas chegam ao ponto de deseja-la, através do “golpe do bem”, se for essa a maneira que entendem ser possível apear o presidente do poder, ignorando, assim, o próprio conceito de democracia.

Como cassandras***, têm visões e fazem predições apocalípticas com o atual governo, torcendo para que elas se concretizem para darem vazões aos seus arroubos ideológicos. Mas como cassandras, julgam ser verdades suas narrativas, mas a estas ninguém de bom senso mais dá crédito. A pandemia do Coronavírus, como já disseram alguns líderes progressistas, veio a calhar para permitir que seus propósitos se realizem.

*** O Termo Cassandra se refere a uma personagem da mitologia grega, filha de Príamo e de Hécuba. No dia a dia significa pessoa que advinha ou alerta para desgraças ou acontecimentos negativos, mas que não é ouvida. 
  

* Adilson Fonseca é jornalista e escreve neste espaço às quartas-feiras.

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