ARTIGO: A solidão do poder*
Um ano, que parece muito mais que os 365 dias a serem completados no próximo dia 1º, e o presidente Jair Bolsonaro já experimentou o outro lado da moeda de quem detém o comando supremo de um país: a solidão do poder. Cada passo, cada pronunciamento ou intenção, são vigiados nos mais profundos detalhes, em […]
Um ano, que parece muito mais que os 365 dias a serem completados no próximo dia 1º, e o presidente Jair Bolsonaro já experimentou o outro lado da moeda de quem detém o comando supremo de um país: a solidão do poder. Cada passo, cada pronunciamento ou intenção, são vigiados nos mais profundos detalhes, em que o sucesso não é notado, mas qualquer fracasso é exaltado.
“Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto”, disse o filósofo e escritor inglês, Francis Bacon (1561-1626), que costumava criticar o método escolástico e estabeleceu nova forma de especulação científica e de atividade intelectual, e por isso mesmo foi considerado o grande precursor do método moderno de pesquisa científica.
Na Revista Veja desta semana, em uma entrevista exclusiva, o presidente Jair Bolsonaro falou um pouco do sabor amargo do poder. Um governante eleito por mais de 50 milhões de votos, que se vê rodeado de ministros, mas que tem de assumir, sozinho, os erros e fracassos do seu governo, que completa, na próxima quarta-feira, um ano.
Eleito com a promessa de mudar paradigmas, o sétimo presidente da Nova República, desde 1988, Jair Bolsonaro arrisca sempre tudo a cada novo projeto do seu governo e coloca em xeque até mesmo o seu mandato, quando mexe nas estruturas e nas práticas de um poder que se sedimentou ao longo das últimas décadas.
Foi assim com as suas primeiras medidas, como o Pacote Anticrime, encabeçado pelo seu ministro da Justiça, Sérgio Moro, e pela política econômica, com a Reforma da Previdência e as privatizações. E em outras ações não menos impactantes, como nas áreas da Educação, Direitos Humanos e Meio Ambiente.
Com seu jeito meio explosivo, onde o que há de menos é o trato com a polidez e a linguagem, costuma falar direto, sem subterfúgios e, por isso mesmo, sempre em risco de colisões com interesses os mis diversos. Mas parece que costuma seguir um segundo ditado do filósofo Francis Bacon, que entre o final do século XIV e início do século XV, dizia que “Não há comparação entre o que se perde por fracassar e o que se perde por não tentar”. Bacon usava o empirismo científico para alcançar o gosto pelas realizações e experiências.
Disposto a levar adiante seu projeto de reestruturação da atividade pública, Bolsonaro se diz, ao mesmo tempo solitário, quando tem de arcar com o peso das suas decisões, mas persistente, quando traça metas para os próximos anos, nesse e em um provável segundo mandato. Se perder nas suas experiências, terá pelo menos sentido o sabor de deixar a zona de conforto, que muitos preferem permanecer para não se arriscar, e tentar fazer algo de novo em prol dos objetivos que traçou.
*Adilson Fonseca é jornalista e escreve neste espaço sempre às quartas-feiras (adilson.0804@gmail.com)
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