Novembro Azul: Sempre encaminha assistidos para exames de detecção do câncer de próstata

A Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), através do Centro Pop Mares, realiza um projeto de conscientização para o público masculino assistido pela instituição, dentro da campanha Novembro Azul. Graças à iniciativa, 56 homens em situação de rua foram encaminhados para exames de detecção do câncer de próstata.

Para o secretário Kiki Bispo, é importante lembrar que o programa de rastreamento se aplica a todos os indivíduos que estejam em uma faixa de idade de risco para desenvolver diversas doenças transmissíveis, não apenas o câncer de próstata.

“Afinal, precisamos reforçar que a doença quase nunca apresenta sintomas, porém na maioria dos casos diagnosticados precocemente, a probabilidade de cura é maior”, alertou. O diagnóstico prévio continua sendo o foco da campanha, porque pode resultar em mais de 90% as chances de recuperação.

Este ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de próstata ocupa o quarto lugar nas estatísticas na Bahia. Foram registrados, até o momento, 6.130 ocorrências em todo estado e 1.090 em Salvador.

Um dos beneficiados foi o reciclador Gerson Boaventura de Jesus, 63 anos, que, pela primeira vez, passa por um checkup na saúde.

“O médico me passou com urgência todos os exames de sangue, como o PSA (Antígeno Prostático Específico – usado principalmente para rastreamento da doença em homens assintomáticos) e me passou o exame de toque que vai demorar mais. Já tenho consulta para levar o resultado dos exames de sangue para ver se tem alguma alteração e não perder tempo”, frisou.

Já Erotildes Oliveira Vidal descobriu ser portador de sífilis. “Através de uma das palestras, pude perceber o quanto seria importante eu repetir o teste e refazer o tratamento em caso de positivo, o que eu já imaginava, pois já tinha sintomas. Mas, dessa vez, vou me cuidar”, garantiu. 

Para a coordenadora do Centro Pop Mares, Sueyde Bastos, a proposta da atividade foi levar cada vez mais conhecimento e cura aos assistidos para além do Novembro Azul.

“Fazer com que eles compreendam que podem contar com nossos serviços, de forma que possamos encaminhá-los para os consultórios médicos, de acordo com a demanda de cada um. E o objetivo foi cumprido, eles abarcaram realmente a necessidade desse cuidado e vamos aproveitar esse gancho para utilizar o Consultório na Rua, de forma a realizar outras atividades importantes”, relatou.