Pfizer inicia testes clínicos de medicamentos contra a Covid-19 no Rio de Janeiro

Medicamentos contra a Covid-19 estão sendo testados no Rio de Janeiro. Dois estudos clínicos buscam voluntários que testaram positivo para o novo coronavírus e passam pela fase inicial da doença, com sintomas leves, ou que tiveram contato com alguém infectado. Os voluntários precisam ter a partir de 18 anos e serão acompanhados por 42 dias.

Ao todo, são 29 centros autorizados para realizar os testes no país. Os tratamentos são desenvolvidos pelas empresas americanas Pfizer e Clene Nanomedicine. Na região metropolitana do Rio, os estudos serão conduzidos pelo Instituto Brasil de Pesquisa Clínica (IBPClin). As informações são da Agência Brasil.

“A pessoa tem que estar com a Covid-19 nos primeiros cinco dias. É um estudo com um novo medicamento à base de nanotecnologia. É um composto líquido de nanopartículas de zinco e prata, para prevenir que a pessoa que pegue a doença seja hospitalizada. Ou seja, quando a pessoa pega a Covid, tem o teste positivo, ela entra em contato com o nosso centro de pesquisa para utilizar essa medicação, para prevenir que ela evolua para um caso mais grave e precise de hospitalização”, explicou o diretor médico do IBPClin, Luís Russo.

O segundo tratamento conta com a molécula PF-07321332, desenvolvida pela Pfizer. Neste caso, Russo explica que o voluntário precisa estar com um familiar com Covid-19 e ter testado negativo para a doença.

“A molécula PF-07321332 é utilizada junto com um outro antiviral, recém-aprovado pelas autoridades internacionais, que é o ritonavir, um comprimido. Estamos conduzindo um teste clínico para aquelas pessoas que não adquiriram a doença, mas que tem um familiar em casa, o marido, a esposa, uma tia, uma avó, que estão com Covid-19”, detalhou o diretor médico.

Mesmo com medicamentos promissores contra o novo coronavírus, Luís Russo alerta para a continuidade das medidas sanitárias, como uso de máscaras, higienização das mãos, evitar aglomerações e vacinação completa.

O estudo foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além do Comitê de Ética em Pesquisa e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Conselho Nacional de Saúde. Os voluntários começaram a ser selecionados na semana passada. O prazo é até o fim de novembro.