Guedes chama de ‘conversinha’ previsões de retração do crescimento do PIB

O ministro da Economia, Paulo Guedes, chamou de “conversinha” as estimativas pessimistas s do mercado e de economistas a respeito do crescimento do Brasil para o próximo ano. Declaração foi dada nesta segunda-feira (25).

O aumento da incerteza fiscal e o contexto de juros mais altos fizeram com que o Itaú Unibanco revisse as projeções para o resultado do Produto Interno Bruto(PIB) no próximo ano – de uma estimativa anterior de 0,5% de crescimento para um encolhimento de 0,5%.

Sem fazer menção ao banco, o ministro afirmou: “O crescimento não ia vir. Já tá 5% ou 5,3% ou 5,4% neste ano. Já estão falando que no ano que vem não vai crescer. Vai crescer de novo, cada um vai fazer o seu trabalho”.

Em discurso no Palácio do Planalto para o presidente Jair Bolsonaro e ministros durante o lançamento do Programa Nacional de Crescimento Verde, Guedes repetiu a tese várias vezes reiterada por ele do “crescimento em V”. “Vamos crescer ano que vem de novo. A conversinha é sempre essa. Primeiro que ia cair, ia ficar lá embaixo, não ia voltar. Aí volta em V”, pontuou.

Segundo o boletim Focus desta segunda-feira (25) divulgado pelo Banco Central, o mercado baixou a previsão de alta do PIB de 1,50% para 1,40% em 2022 – o percentual do Focus reflete uma média das previsões de mais de cem instituições financeiras consultadas.

As revisões foram feitas após o ministro ter apoiado na semana passada a decisão do governo de flexibilizar o teto de gastos (mecanismo que limita o aumento da maior parte das despesas à inflação do ano anterior).

Guedes tem dito que as mudanças no teto de gastos têm por objetivo ampliar a proteção social, por meio do Auxílio Brasil, mas analistas têm apontado que seria possível incrementar o programa sem estourar o limite para despesas.

*Com informações do G1.