‘O modelo de campeonatos estaduais longos e deficitários é coisa do passado’, afirma presidente interino da CBF
Em entrevista ao colunista do jornal A Tarde, Osvaldo Lyra, ele falou dos campeonatos regionais e do futuro do futebol brasileiro
Presidente da Federação Baiana de Futebol (FBF) durante muitos anos, Ednaldo Rodrigues, agora mandatário interino da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), disse que “é coisa do passado” o atual modelo dos campeonatos estaduais, considerados por ele “longos e deficitários”.
Em entrevista ao colunista do jornal A Tarde, Osvaldo Lyra, ele falou não apenas dessas competições, mas também do que espera sobre o futuro do futebol brasileiro.
“Eu entendo que existe lugar para todos. Tem muitos que falam e pregam que campeonatos estaduais tem que acabar, e eu respeito a opinião de cada um, mas eu acho que uma competição centenária como é o campeonato estadual, pelo menos na maioria das federações, como é o caso da Bahia, que fundou a Federação e já tinha campeonato baiano 5 anos antes da fundação da própria Federação. E assim é o futebol paulista, o cearense, o pernambucano, enfim. O que tem que acontecer é cada federação se conscientizar que é interessante que os principais clubes possam ter também uma tranquilidade para disputar as principais competições”, diz Rodrigues.
“Porque isso vai dar ranqueamento tanto para os clubes quanto para as federações consequentemente. Então o modelo de campeonatos estaduais longos e deficitários é coisa do passado. O campeonato estadual da Bahia é um dos mais enxutos do Brasil. É uma competição que tem 13 datas e que tem 51 jogos ao todo. Pelo menos foi até esse ano de 2021. E a maioria das federações principalmente do Norte e do Nordeste tem também já esse pensamento, já trabalha dessa forma. Porque esses campeonatos estaduais, pelo menos do Nordeste, são conjugados com a Copa do Nordeste que é muito atrativa para a região, onde está o sustentáculo técnico e financeiro para esses clubes que disputam”, pontua.
“Assim também a Copa Verde que é com as equipes ali com as federações do Norte, inclusive vai ter essa abertura agora no dia 12 de outubro. Então cada vez mais tem que ter um calendário que seja bastante competitivo e que possa colocar os seus principais clubes em competições internacionais que não precise ficar o tempo todo ali jogando, viajando, jogando, viajando. Então tem que ter uma competição mais enxuta e com isso dar condições para que seus clubes possam avançar em competições internacionais e possam, com isso, ranquear melhor tanto os clubes como as federações”, salienta.
Problemas de gestão
Contando com o apoio das 27 federações de futebol do país, o presidente interino da CBF explicou como a entidade pretende ajudar os clubes a equacionar os problemas de gestão que acabam impactando diretamente dentro do campo.
“Nós não podemos colocar que federações e clubes não possam dar certo. Isso é um mito que muitos falam e que a gente sabe que na realidade, na prática, não é assim. Cada federação tem que ter a convivência muito ordeira e salutar com cada um dos seus filiados, indistintamente, sejam clubes da série A, B, C, D, com as ligas municipais que também são dependentes das federações no que diz respeito ao ordenamento desportivo. Mas os clubes, acima de tudo, têm que ter também um norte, força de expressão pra que eles possam reivindicar junto a suas federações, junto a CBF aquilo que possa ser melhor para cada clube”, afirma o dirigente.
“Nós temos uma CBF Academy, que é organizadora dos principais cursos de gestão e técnicos, não só para arbitragem, não só para os árbitros em si, mas enfim, colocando para gestores ensinamentos que sempre são disponibilizados para as federações, para os clubes. E eles têm participado de forma muito ativa. Então o que eu entendo é que no futebol, em qualquer divisão, tem que haver profissionalismo. O futebol brasileiro é muito profissional dentro de campo, com os atletas, tendo a qualidade dos melhores atletas em todo o mundo, mas fora de campo ele começa a se profissionalizar”, prossegue.
“Eu falo que começa a se profissionalizar porque ainda não está totalmente profissional. E é exatamente com essas ferramentas, seja com cursos na CBF Academy, cursos na Fundação Getúlio Vargas, ou qualquer outra instituição que tem modelo de gestão para que possa capacitar esses administradores de clubes e federações é que vai se tornar um futebol brasileiro mais competitivo e mais organizado”, aponta o presidente.
E o VAR?
Outro ponto abordado na entrevista foi com relação ao VAR, equipamento eletrônico de auxílio aos árbitros, mas que vem sofrendo críticas quanto às demoras de definição de lances considerados polêmicos. Para Ednaldo Rodrigues, no entanto, tudo que é novo tem que ser sujeito a adaptações.
“Então o VAR, se você verificar, há dois anos quando ainda se discutia colocar o VAR nas competições, teve um momento em que os clubes não foram a favor. No outro ano, já foram a favor. O VAR que era só na série A, hoje está na série B, está na série C, está na série D. Está nos campeonatos estaduais. E com isso que adaptar, fazer treinar mais pessoas qualificadas, árbitros qualificados para estarem operando o VAR, qualificar cada vez mais os árbitros em campo para que possam também tirar aquelas dúvidas e não ficarem tão dependentes do VAR”, comentou.
“E isso é uma constante na comissão de arbitragem para que cada vez mais preparem, treinem esses árbitros e que com certeza em um tempo muito curto todas essas interrogações com relação ao que as pessoas que estão no VAR falaram, as discussões do VAR, isso num futuro muito próximo vai ficar também à disposição de cada um torcedor, de cada um dirigente, para que a transparência seja cada vez mais efetivada”, finalizou o dirigente.
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