Crise no segmento logístico deve afetar empresas no Brasil até 2022
O descasamento de oferta e demanda dos fretes ocasionou o aumento de custos
Especialistas de várias áreas logísticas apontaram, durante o 2º Encontro Nacional de Autoridades Portuárias, no Fórum Brasil Export, aberto na terça-feira (28), em Brasília (DF), uma série de fatores que vai estender a crise do setor pelo menos até o meio do próximo ano ou mais e pode afetar as empresas no Brasil, além do aumento dos custos do frete.
Os especialistas disseram que serão necessárias medidas no Brasil para tentar minimizar os efeitos do problema, já que agora não é apenas o preço mais alto o problema: há falta de contêineres e de navios para alguns tipos de transportes.
O descasamento de oferta e demanda dos fretes fez com que os preços para transportar um contêiner do Brasil para a China no mercado spot (para quem não tem contratos de longo prazo) subissem de patamares na casa dos US$ 2 mil para mais de US$ 12 mil nos últimos meses.
O presidente da estatal de portos do Rio Grande do Sul, Fernando Estima, afirmou que se tornou frequente que os navios pulem a parada nos portos do estado e deixem de levar cargas.
Segundo ele, indústrias do estado que dependem da logística para a exportação, como a de arroz e a de móveis, estão ameaçadas. Cargas de arroz já foram levadas em navios para transporte de veículos.
“Já temos o sinal de alerta. Temos que ter uma força tarefa nacional para ver como podemos responder a isso com celeridade”, disse.
As causas que levaram ao problema começaram antes da Covid-19, com a chamada guerra comercial entre EUA e China, que inibiu investimentos na área de navios e contêineres. Mas foi com a pandemia que o problema se tornou grave, por dois fatores principalmente: o aumento repentino de demanda por produtos no mundo todo e a redução da velocidade com que os navios podem operar por causa das restrições decorrentes da doença.
Cláudio Loureiro, presidente do Centronave, entidade que representa os armadores internacionais no Brasil, explicou que um contêiner entre a Costa Oeste dos EUA e a China fazia por ano quatro giros antes da pandemia. Atualmente, está fazendo entre dois e dois giros e meio.
Ao longo da pandemia, outro fator que levou descompasso na cadeia foi o fechamento do Canal de Suez por causa de um incidente com um navio conteineiro, o que ajudou a ampliar os atrasos. O resultado é que em grandes portos do mundo há filas de navios hoje, com alguns portos com 12 dias de espera para descarregar um navio.
Os painelistas concordaram que a crise vai durar pelo menos mais um ano e que não há certeza se o mercado vai voltar ao formato pré-pandemia.
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