Transporte clandestino gera prejuízo de R$ 180 milhões ao ano

Entidades de defesa dos usuários do transporte público de Salvador realizaram, na manhã desta terça-feira (10), uma manifestação em frente a sede do Ministério Público da Baha (MP-BA), no Centro Administrativo, no CAB.

Na oportunidade, o grupo, com faixas e cartazes, solicitou a instituição uma definição de um processo que se arrasta a seis anos e que permitiria a estudantes pagar meia-entrada no chamado transporte não-regular, assim como permitiria a gratuidade de acesso a idosos e deficientes.

De acordo com o coordenador-geral da União Geral dos Passageiros (UGP), Alex Emanuel, uma das opções para acabar com o atual cenário do transporte clandestino em Salvador seria a Prefeitura da capital baiana realizar uma licitação para abrangir até mesmo as vans que rodam de maneira irregular na cidade.

“O dinheiro que é gasto no transporte clandestino não vai para o Município, o que acaba gerando um prejuízo de R$ 180 milhões ao ano. Com esse dinheiro, seria possível renovar um terço da frota, evitar a falência da CSN e a intervenção da Prefeitura no sistema”, disse.

Para o militante, as vans irregulares atrapalham o trânsito da cidade e prejudicam os passageiros. “A Prefeitura não tem controle sobre isso. As vans tomam os pontos e, no centro da cidade, quando precisamos pegar os ônibus, temos de ir para o meio da rua e acessar”, afirma Alex Emanuel.

“Já temos um bom exemplo do Sistema e Transporte Complementar. Porque não fazer isso agora? Mas, o prefeito prefere ir ao México do que debater esta situação com a população de Salvador”, acrescentou.