Fábio Vilas-Boas chama de ‘contrassenso’ as decisões divergentes de órgãos federais quanto a segurança de vacina russa

O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, definiu como “contrassenso”, nesta quarta-feira (28), decisões divergentes dadas por dois órgãos do Ministério da Saúde sobre a segurança da vacina russa Sputnik V.

O titular da pasta estadual, em uma rede social, citou que Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou, na última segunda-feira (26), a segurança do organismo geneticamente modificado (adenovírus) do imunizante produzido pelo Instituto Gamaleya.

“Em outras palavras a comissão garantiu a SEGURANÇA do IFA (insumo farmacêutico ativo). É um contrasenso (sic). A ANVISA diz que a vacina não é segura e o a comissão do governo responsável por atestar a segurança de produtos como esse, diz o oposto. O CTNBio  responde ao questionamento da Anvisa sobre os adenovírus usados na Sputnik V e conclui: não há riscos”, escreveu.

Já em contato com o Portal M!, Vilas-Boas foi mais além, ao afirmar que o que está por trás da decisão tomada pela agência federal não é a questão política.

“É a vaidade dos técnicos da Anvisa em não se permitirem submeter à excepcionalidade garantida pela lei 14.124 de março agora”, disse Vilas-Boas, ao referir-se a lei que dispõe sobre as medidas excepcionais relativas à aquisição de vacinas e de insumos e à contratação de bens e serviços de logística destinados à imunização contra a covid-19.