Cézar Leite acredita que retomada do comércio em Salvador se deu após surto de policial no Farol da Barra

Ao fazer uma avaliação dos 100 dias da gestão do prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), o ex-vereador e postulante à Prefeitura da capital baiana, em 2020, Cézar Leite (PRTB) vê o atual gestor “perdido” e que só tomou a decisão de reabrir o comércio, na cidade, após o surto do policial militar Wesley Soares, no Farol da Barra, em que culminiou com a morte do agente, no último dia 29 de março.

Em entrevista ao Portal M!, nesta quarta-feira (7), Leite criticou também as contradições adotadas pela administração soteropolitana quanto a retomada das atividades econômicas.

“Acho que o Bruno tem se perdido. Inclusive, acho que o critério que foi adotado no ano passado, da taxa de ocupação hospitalar, que era 60%, para a abertura do comércio, e agora está com 80% e reabre. Ou seja, qual o critério adotado?”, questiona.

“Acredito que Bruno recuou, em virtude do acontecimento com o soldado Wesley, que ele veio a mostrar que os policiais não vão mais prender trabalhadores, não vão mais fechar o comércio, e houve sim um receio por parte da Prefeitura e ela recuou com a abertura do comércio. As pessoas precisam trabalhar”, acrescentou.

O quarto colocado nas eleições para a Prefeitura ano passado defendeu, ainda, que o comércio já deveria estar aberto, destacando que entrou, em 2020, com um processo contra a Prefeitura para que fossem mostrados os estudos que determinavam o fechamento do comércio, o que, segundo Leite,  nunca foi apresentado. 

“Tudo que eles falaram durante um ano não se comprova agora. Eles estão agindo na contramão do que eles falaram.  Vi recentemente uma entrevista do secretário de Saúde Leo Prates no qual ele citou que mais importante do que salvar vidas, também não se pode deixar as pessoas morrendo de fome. Agora até eles estão dando razão ao que Bolsonaro sempre falou?”, argumentou Cézar Leite.