“Não temos ministro, mas uma intervenção militar na Saúde”, dispara Henrique Mandetta

Em entrevista à Rádio Globo, na manhã desta segunda-feira (15), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), declarou ser um dos principais problemas no combate à pandemia de coronavírus o fato de haver alta concentração de militares nos cargos técnicos do Ministério da Saúde.

Nesta conta, segundo Mandetta, o titular da pasta, general Eduardo Pazuello, não levaria, sozinho, a responsabilidade pela gestão da Saúde no contexto de crise sanitária. 

“Nada contra termos militares no exercício do ministério, não necessariamente precisa ser um médico. A questão é que é preciso entender do assunto chegamos em uma situação em que não temos ministro, mas uma intervenção militar na Saúde, onde faltam técnicos capazes de elaborar políticas públicas”, disse Mandetta.

Na entrevista, o ex-ministro da Saúde também comentou sobre a médica cardiologista, cogitada para assumir o cargo no lugar de Pazuello.

“Médica conceituada, ela não tem experiência com gestão, mas é respeitada e poderia recuperar credibilidade do ministério”, definiu.

Mesmo com o ato de reconhecer a competência da possível futura ministra da Saúde, Mandetta alertou que o nome dela será questionado pela base bolsonarista.
É que a médica já deu declarações favoráveis à implantação de medidas restritivas e distanciamento social para conter a pandemia.