Três anos após o assassinato de Marielle, jornalista sobrevivente a atentado contra vereadora desabafa

Neste domingo (14), completam-se exatos três anos da morte da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, e do motorista dela, Anderson Gomes. Além dos dois, havia uma terceira pessoa que estava dentro do carro que foi vítima de uma emboscada, a qual, até os dias hoje, não se sabem quais foram as razões que levaram ao ato: a jornalista Fernanda Chaves.

Dois dias depois da tragédia que chocou o Brasil, ela deixou o país rumo a Europa, mais precisamente à capital da Espanha, Madri. Ela ainda chegou a passar por Roma, na Itália. Segundo a própria disse em entrevista ao jornal O Globo, está vivendo escondida.

Ela sonha, um dia, retomar a vida que tinha na capital fluminense. Para isso, tem que se livrar de algo que ainda a assombra: saber de quem ela precisa se proteger. Mais do que ninguém, a jornalista quer descobrir quem mandou matar Marielle.

“Eu me sinto aniquilada, como tivessem me apagado da história, da minha história de vida. Estou segurando a onda. Não pude fazer minha mudança. Fui obrigada a sair do país onde nasci por não ser seguro. Não posso morar no Rio só pelo fato de ter sobrevivido a um crime bárbaro, a um atentado à democracia”, revela a jornalista.