“Prisão do deputado não pode ofuscar pautas mais importantes na Câmara”, diz Félix Mendonça Júnior

O fato da Câmara aprovar, por 364 votos a 130, a manutenção da prisão do deputado Daniel Silveira (PSL), por conspirar contra o Supremo Tribunal Federal (STF), o fato foi minimizado pelo parlamentar baiano Félix Mendonça Filho (PDT).

Para o presidente estadual da legenda, a Câmara deve pautar assuntos “mais relevantes para o país”, em vez de “parar para discutir se o deputado continua preso, ou não”.

“Criam notícias para ofuscar o que é mais importante para o Brasil, que são as reformas tributária e administrativa e a prorrogação do auxílio emergencial”, protestou o deputado federal.

Ele também criticou o que classificou como falta de prioridade da Câmara, que aprovou no último dia 10, o projeto que prevê a independência do Banco Central (BC), mas ainda não deu aval para a continuidade do auxílio emergencial.

“Votaram a independência do Banco Central, mas não o auxílio para as pessoas que precisam. E olha que o auxílio emergencial ajudaria no caixa do governo, porque o dinheiro voltaria, por meio de impostos”, defendeu.

Na avaliação do presidente estadual do PDT na Bahia, o aval das medidas como independência do Banco Central representa os interesses do mercado financeiro, em detrimento da nação.

Pelo projeto aprovado, o presidente do Banco Central e os oito diretores da instituição terão mandatos fixos de quatro anos.

O mandato da Presidência do BC começará sempre no terceiro ano de governo do presidente da República.

O início dos mandatos dos diretores varia entre os quatro anos do presidente da República. Todos, presidente do BC e diretores, podem ser reconduzidos por quatro anos.

Ao discorrer sobre o contexto de conflitos de interesses, Félix lembrou dos trabalhos do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ). 

“Qualquer um será melhor que o Rodrigo [Maia], porque ele não pautou nenhuma comissão, fez tudo de forma imperial e ajudou o sistema financeiro. Daqui a uns dias, tenho certeza que o Rodrigo terá um emprego formal em uma empresa ligada ao sistema financeiro”, pontuou.  

Sobre o atual presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), Félix falou em “sentar e conversar com ele para pautar as reformas importante para o país”.