Resistência de aliados deve barrar indicação de Kicis a CCJ da Câmara

Partidos tem se articulado para derrubar a indicação da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) para assumir a presidência da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados ou derrotá-la no voto, em meio à reação negativa em torno da escolha da parlamentar para o cargo.

De acordo com o jornal O Globo, o nome dela  foi definido para o cargo em um acordo no PSL, a quem cabe a indicação, mas já há resistência entre parlamentares até no próprio partido. Segundo a deputada, Arthur Lira (PP-AL), o novo presidente da Câmara, ajudou a costurar a combinação que levou à indicação do nome dela.

Aliados do pepista, no entanto, acreditam que Bia Kicis terá dificuldade de ser eleita pelos futuros integrantes da CCJ. Avaliam, em conversas reservadas, que ela cometeu um equívoco ao anunciar que seria presidente um mês antes da instalação da comissão e que, pelo histórico polêmico, sofrerá resistência.

Presente em atos considerados antidemocráticos nos quais os manifestantes atacavam o Congresso, e ela mesma uma crítica daquilo que aliados de Bolsonaro chamavam de “velha política”, a parlamentar não tem boa relação com líderes partidários. A previsão do entorno de Lira é de que ela seja derrotada por uma candidatura avulsa caso insista.