Alianças nas capitais antecipam cenário para a disputa presidencial de 2022, diz jornal

As definições das candidaturas e das alianças eleitorais nas capitais têm servido como uma espécie de ensaio do cenário projetado para a disputa presidencial de 2022, durante a reta final do período de convenções partidárias.

Conforme o jornal O Globo, o quadro mais amplo indica os caminhos que devem ser traçados pelos partidos que pretendem enfrentar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), apesar dos casos em que a conjuntura local permite acordos que dificilmente serão repetidos na corrida pelo Planalto.

As coligações fechadas nas dez maiores capitais do país apontam para alguns fenômenos: a força da tradicional aliança entre PSDB e Democratas, com a aproximação do MDB; o afastamento entre PT e PCdoB; e a parceria entre PSB e PDT como um bloco alternativo aos petistas na esquerda.

Aliados históricos, PT e PCdoB só estarão juntos em Porto Alegre, onde os petistas vão apoiar a comunista Manuela D’Ávila. Já o PDT e o PSB conseguiram levar em parte, adiante, o projeto de aproximação de olho na construção de uma chapa presidencial encabeçada por Ciro Gomes. As duas siglas estarão juntas em cinco das maiores capitais, entre elas Fortaleza e Recife.

Ainda segundo a publicação, Democratas e PSDB vão manter a parceria histórica em seis capitais, sendo duas delas São Paulo e Rio de Janeiro, as maiores cidades do país. Na capital fluminense, os tucanos retiraram a candidatura de Paulo Marinho no Rio e se uniram ao DEM de Eduardo Paes para disputar a cadeira de Marcelo Crivella (Republicanos).

Em São Paulo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) conseguiu atrair para sua chapa não só o Democratas como também o MDB, que ficará com o posto de vice, com o vereador Ricardo Nunes. As três legendas também estarão juntas em Salvador, mas com tucanos e emedebistas apoiando a chapa entre Bruno Reis (Democratas) e Ana Paula Matos (PDT).