Jovem relata violência obstétrica em maternidade baiana

Uma jovem de 25 anos acusa o hospital Maternidade Professor José Maria de Magalhães Netto, localizado no bairro do Pau Miúdo, em Salvador, de violência obstétrica durante o parto. O fato aconteceu no último dia 15 de agosto.

Segundo ela, o parto foi induzido por um fórceps, instrumento de metal para extrair o bebê, sem que fosse avisada. Ela levou 42 pontos e a criança teve o rosto machucado no procedimento. O caso foi registrado na Ouvidoria do Estado da Bahia.

A estudante de Administração, Ayodele Onawale, conta que, quando esteve na unidade de saúde para dar à luz, além da violência que sofreu no parto e do ferimento no rosto da filha, ela também relata não ter sido adequadamente assistida pelos profissionais da maternidade, sendo submetida a um parto com uso de fórceps sem ser comunicada da situação.

A jovem relatou que recebeu anestesia raquidiana, que é aplicada pelas costas e ameniza dores na região do ventre, e no momento em que a filha foi puxada, ela teve a pele rasgada e precisou tomar 42 pontos.

Depois que a bebê nasceu, mãe e avó perceberam a marca no rosto da criança. Ayodele conta que a mãe dela questionou várias vezes ao médico sobre o machucado, e ele não respondia às perguntas.

Depois de sair da maternidade, a jovem registrou o caso na Ouvidoria do Estado, porque a Maternidade Professor José Maria de Magalhães Netto é pública.

No Brasil, não existe uma lei que caracterize a violência obstétrica. Contudo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) enquadra nesse quesito qualquer comportamento por parte dos profissionais de saúde que cause desrespeito, maus-tratos e abusos durante o parto em instituições, além da situação ser considerada violação dos direitos humanos.

*Com informações do G1 Bahia