Presidente do Amab, Nartir Weber diz que judiciário baiano evoluiu no número de mulheres em cargos de comando

Ao avaliar a contribuição feminina no judiciário baiano, a presidente da Associação de Magistrados da Bahia (Amab), a juíza Nartir Weber, reconheceu que vem havendo uma maior participação das mulheres em cargos de comando, como no papel de juízes e desembargadores.

“Evoluímos no número de mulheres no tribunal. Nós somos o segundo estado com maior participação feminina, perdendo só para o Pará. Entre os 61 desembargadores da Bahia, temos 29 mulheres. Isso representa um grande avanço. Mas ainda há muito o que fazer”, ponderou a magistrada.

Na condição para que haja uma maior participação das mulheres no judiciário, Nartir Weber apontou o fato de a estrutura da sociedade, avaliada por ela como ‘machista’, dificultar o bom desempenho de candidatas do gênero feminino em avaliações de concursos públicos.

“No concurso, quando é o homem quem faz a prova, geralmente a mulher fica responsável por cuidar dos afazeres domésticos. Já quando é uma mulher, geralmente não há essa contribuição do companheiro. Então, ela acaba tendo de estudar para fazer o concurso e continuar cuidando da casa”, afirmou a presidente da Amab. 

Nartir Weber Participou, nesta quinta-feira (13), de uma edição do ‘A Tarde conecta’, um debate virtual promovido pelo jornal A Tarde e mediado pelo editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra.

A conversa, que teve como tema “O papel da mulher na OAB, Judiciário e Ministério Público”, também contou com a participação da procuradora-geral de Justiça, Norma Angélica, da advogada e vice-presidente da seção Bahia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA), Ana Patrícia Dantas Leão e da desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) Nágila Brito.