Pré-candidato a prefeitura de Salvador pelo PT, Moisés diz que irá gerir para a maioria

Fora da disputa pela reeleição na Câmara Municipal e sabatinado, na terça-feira (3), pelo Partido dos Trabalhadores como pré-candidato à prefeitura de Salvador nas eleições de 2020, o vereador Moisés Rocha informou ao portal Muita Informação que, se necessário, apoiará Henrique Carballal  (PV) para mais um mandato na Casa do Povo.

Durante a 9ª Caminhada do Samba de Salvador realizada pela União das Entidades de Samba da Bahia (Unesamba),  no domingo (1º), foram exibidas faixas em que o apoiador, Moisés Rocha, aparece ao lado do presidente da Unesamba José Luis Lopes e do vereador Carballal.

“A parceria de Carballal também foi fundamental para que nós conseguíssemos um apoio estrutural como o patrocínio da Saltur. Isso foi essencial também para que o evento acontecesse”, disse o vereador se referindo à faixa divulgada pela Unesamba. “Carballal é um dos vereadores que tenho muito apresso. Certamente o que poderá acontecer é que por conta do esforço dele em apoiar essa caminhada, os blocos de samba que me apoiaram, poderão estar  com ele nas próximas eleições”, falou sobre os votos que o amigo poderá receber na eleições de 2020. 

Para Moisés, Henrique Carballal merece continuar na Câmara por conta do trabalho que vem mostrando durante o mandato. “Certamente ele terá algum apoio meu, como também poderei apoiar outros nomes, como o vereador Suíca (PT)”, afirma. 

Eleições 2020 

Podendo concorrer ao cargo de gestor da cidade de Salvador, Moisés faz um balanço do mandato do atual prefeito ACM Neto e pretende trazer melhorias para a cidade nas áreas de educação, esporte e saúde, caso eleito em 2020. Para ele, a capital da Bahia precisa em um prefeito  que governe para a maioria da população. 

“Nós não podemos esquecer que a população negra é a maior na cidade. Referente a gestão de Neto, qualquer pessoa que sucedesse João Henrique  já seria melhor que ele. O atual prefeito tem trabalhado. No primeiro mandato ele apareceu no palanque com Wagner e Dilma e muitas obras do Estado foram confundidas como obra da prefeitura”, comentou. “Já na educação permanecemos nos piores índices. Salvador precisa de creche, as escolas em tempo integral  só ficam nos projetos durante a campanha e na prática isso não acontece. Na saúde vemos mais um problema, ninguém quer contratar médico para trabalhar. Esses quesitos deixaram a desejar e precisam de melhoria”. 

Perguntado sobre a possibilidade de segundo turno na corrida para o cargo, Moisés disse que Salvador terá dois grandes cabos eleitorais que serão fundamentais para quem quiser “pensar em uma possibilidade para segundo turno”. “Um será Rui Costa que tem as maiores obras de mobilidade da cidade e evidentemente o atual prefeito que não tem ficando estático. A disputa será entre os candidatos desses dois”. 

Se eleito  prefeito de Salvador Moisés Rocha conta que a gestão terá como a totalidade das escolas municipais e o fortalecimentos do  tempo integral. “Faremos um esforço para zerar déficit de vagas nas creches, implementação de escola técnicas e fazer parceria para que esses alunos sejam encaminhados para o estágio. No esporte faríamos a isenção total de IPTU dos clubes sociais das cidades que se dispuserem fazer a formação de atletas de alto desempenho de alunos de escola pública. Na saúde, cada bairro tem que ter um programa de saúde da família”.  

Na área da cultura o pré-candidato diz que fará “um estímulo à cultura popular”. Para o vereador, os festivais da cidade da atual gestão não dão espaço para os artistas negros e afros de Salvador. “O teatro e dança popular não têm oportunidade atualmente. Exercer a gestão para a maioria é o principal de tudo isso. Nós queremos gerir para a maioria”, disse Rocha.

Aceitação do PT 

Questionado sobre a aceitação do PT na cidade, o vereador diz que “se era ruim com o PT, sem o PT é pior ainda. É sem emprego, sem direitos trabalhistas, sem liberdade de imprensa”. “O PT teve mais acerto do que erro, mas apontaram mais os erros e o partido pagou caro por eles. Eu acho que essas sequelas que podem ter ficado podem ser superadas. As pesquisas ainda mostram que o PT ainda é o mais querido do Brasil. Com todos os ataques que o partido passou talvez outros partidos não sobrevivessem”, finaliza.