Muncab e Atelier Sal da terra realizam II edição do Samba Escultural

Uma escultura de Exu será esculpida ao vivo pelo artista visual Sandro e sorteada entre os presentes

redacao 13/03/2024 17:03 • Cultura

O Museu da Cultura Afro-Brasileira (Muncab) recebe, no próximo dia 16 de março (sábado), a segunda edição do “Samba Escultural”, uma celebração afro-brasileira que une música e artes visuais, promovida pelo museu e pelo Atelier Sal da Terra.

A partir das 16h, no pátio do museu, o multiartista Sandro Sal da Terra, ao som da Banda Samba Escultural, irá esculpir em madeira, ao vivo, uma emblemática representação de Exu, guardião dos caminhos, senhor do movimento, que simboliza o princípio dinâmico da vida. A peça, que será única, vai ser sorteada entre os presentes no final do evento.

“O Samba Escultural é um desejo antigo que Exu plantou em meu Ori, para que eu pudesse resgatar e fortalecer o encantamento pelo entalhe e pelo samba de roda, que são culturas ancestrais”, declara o artista.

Quem é Sandro

Sandro Sal da Terra é um artista plástico escultor, idealizador do “Samba Escultural”, conhecido por sua habilidade de trabalhar com madeiras de demolição e com tudo que a natureza oferece. Em suas obras ele busca manifestar, dar vida e celebrar o sagrado. Mas sua jornada artística vai além da expressão criativa. Ele é comprometido em utilizar sua arte como ferramenta de transformação social, dedicando seu tempo e conhecimento na capacitação de pessoas à margem da sociedade, usando sua arte como uma ferramenta poderosa, oferecendo-lhes oportunidades de crescimento e desenvolvimento no meio.

Exposição coletiva

O “Samba Escultural” contará também com uma mostra coletiva com obras dos artistas Tarcio Vasconcelos, Raimundo Bida e do próprio Sandro Sal da Terra, tendo como foco criativo as culturas afro diaspóricas. “O sagrado, propriamente dito, pintado através das iconografias dos orixás, voduns, inquices, encantados, santos… este elementos entram no meu trabalho como uma forma de expressar o que está dentro de mim, a minha inquietude em relação a todas as informações que eu armazenei em mim, desde criança, relacionadas a este lado sagrado”, explica Raimundo Bida.

O som do Samba Escultural

A banda Samba Escultural, formada especialmente para o projeto, montou um repertório diversificado que abrange uma ampla gama de toques, ritmos e canções que são tradicionalmente executados durante as festividades em homenagem aos Caboclos e para outras entidades reverenciadas nas nações Ketu, Jejê, Angola e Ijexá. O grupo musical é composto por Marcos Bezerra (violão), João Danilo (baixo), Dudu (cavaco), Fábio Cunha (percussão), Lorena São Pedro (percussão), Leozinho (percussão), Caio Fonseca (percussão), August Bral (percussão), Danilo Pithanga (percussão) e Diogo Sampaio (voz). Haverá Ainda a participação das cantoras Nitorê Akadã e Gab Ferruz.

Os ingressos para o “Samba Escultural” custam R$60 (inteira) e R$ 30 (meia) e podem ser adquiridos na plataforma Ticket Maker.