“Eu sou praticamente filho dela”, diz idoso acolhido pelo Lar Três Corações
A instituição, fundada e gerida por Aline Silva, acolhe idosos em situação de vulnerabilidade
Com a pandemia de Covid-19, que atingiu o Brasil em março de 2020, diversos setores econômicos e sociais foram afetados. Foi nesse cenário de insegurança que a então empresária Aline Silva se viu diante de um desafio ao encontrar três idosos em situação de vulnerabilidade. Tocada com o estado dessas pessoas, a viúva buscou, de porta em porta, um abrigo que pudesse acolhê-los, mas não teve sucesso. Foi então que ela procurar um espaço próprio e fundar, ela mesma, um ambiente de acolhimento de idosos abandonados na pandemia: o Lar Três Corações.
O nome escolhido para instituição foi uma homenagem aos três idosos que inspiraram essa história de dedicação, contudo, não tardou para surgirem ainda mais corações que precisaram da ajuda da mulher. Aline, que tinha uma loja de roupas plus size, abriu mão do seu negócio para se dedicar exclusivamente ao cuidado dos idosos.
Inicialmente, Aline se instalou em uma casa menor e, à medida que a quantidade de internos ia aumentando, se fez necessária a mudança para o abrigo em que estão alocados hoje, em Paripe, no Subúrbio Ferroviário de Salvador.
Desafios
O Lar Três Corações acolhe, atualmente, 43 pessoas, mais 15 em outro anexo. A adoção desse segundo espaço foi uma escolha feita por Aline para também poder acolher pessoas com deficiência (PCDs), outro público que costuma ficar em situação de vulnerabilidade em decorrência do abandono.
“Eu não posso ter pessoas com menos de 60, mas eu não conhecia da lei, entrei de paraquedas, então eu fui acolhendo essas pessoas com menos idade. Foi aí que pensei em colocar os outros em um segundo anexo. Só que agora eu não vou poder ter mais, definitivamente. Eu não sei como é que vai fazer, pois na rua essas pessoas não podem ficar e eu não posso ter aqui”, desabafou Aline ao Portal M!.
Outro problema enfrentado por ela é a quantidade de acolhidos que não recebem auxílio do governo, dificultando o cuidado adequado das suas necessidades diárias. Até o fechamento dessa reportagem, eram 19 pessoas sem a ajuda financeira.
“Eu acho que a gente tem que acolher com benefício ou sem, com documento ou sem, sujo, limpo… Tem que acolher, dar os primeiros socorros, como eu costumo chamar, depois a gente vê como é que fica. Vamos bater na porta de um e de outro. É isso que eu tenho feito até o dia de hoje”, explicou.
Um dos três corações
Joel Rubens, um dos idosos que inspiraram a criação do lar, se emocionou ao falar sobre Aline e sobre os poucos funcionários que auxiliam nas atividades da casa. Todos se desdobram como podem: Aline para pagá-los e os trabalhadores para cuidarem de tantos idosos com tão poucas mãos.
“Quase todo mundo aqui estava sem saber onde estava. Eu estava com um litro de 51 [marca de cachaça] quando ela chegou, mas ela não viu, pois eu escondi logo. Sem eu conhecer ela nem nada, sem ela me conhecer, ela esteve lá na minha casa. Eu sou praticamente filho dela, ela foi me buscar quando ninguém me quis. Hoje eu estou muito bem aqui, e essas meninas todas me tratam muito bem”, revelou Rubens.
Por se tratar de um espaço que acolhe idosos e PCDs, uma das principais demandas do Lar são os gastos com saúde e transporte, exatamente para bancar o deslocamento dos internos para clínicas e hospitais. Por isso, Aline busca constantemente a ajuda de projetos parceiros.
Você também pode ajudar
O Lar Três Corações precisa constantemente de auxílio, seja em dinheiro, roupas, alimentos, mão de obra ou parcerias com empresas de diversas áreas de atuação.
– Conta Caixa Econômica Federal – Instituto Beneficente e Abrigo Lar Três Corações: 4802.003.577-6
– PIX: 45.611594.0001/05
– As doações também podem ser feitas presencialmente na sede da instituição: Rua Dr. Eduardo Dotto, Nº 40, Paripe, Subúrbio Ferroviário, Salvador.
– Ou pelos telefones: (71) 3237-0354 / (71) 98409-6280
– E-mail: lardeidosos19@gmail.com
– Instagram do Lar: @trescoracoes40
Conheça o Lar Três Corações:
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