Declaração de Lula sobre Holocausto vira combustível para ato de Bolsonaro na Paulista
Declaração feita por Lula no domingo (18), resultou em notas de repúdio da comunidade judaica brasileira
Os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão usando as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que comparou a ofensiva israelense na Faixa de Gaza com o extermínio de judeus feito pela Alemanha Nazista no regime de Adolf Hitler, de 1933 a 1945, para inflar e justificar o ato marcado para o próximo dia 25 na Avenida Paulista, em São Paulo
O advogado Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Bolsonaro, escreveu no X que ia sugerir ao ex-presidente e ao pastor Silas Malafaia, um dos organizadores da manifestação, a participação do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine. Segundo Wajngarten, ele seria “muito bem recebido e acolhido”.
A declaração de Lula no domingo (18), resultou em notas de repúdio da comunidade judaica brasileira e de entidades especializadas que trabalham com a memória do Holocausto. Lula também causou um desconforto diplomático com Israel, que declarou que ele é persona non grata no país até se desculpar.
Malafaia também criticou as declarações do presidente em postagem nas redes sociais. Depois de anunciar que a Associação Vitória em Cristo financiaria a manifestação convocada pelo ex-presidente, o pastor evangélico mudou o discurso, afirmando que o ato será pago com recursos próprios. A decisão do líder religioso de custear o evento com seu próprio dinheiro ocorre após críticas nas redes sociais sobre suposto uso de dízimo de fiéis para o ato bolsonarista.
Nesta segunda-feira (19), Malafaia afirmou que Lula “envergonha o povo brasileiro diante do mundo”. “Não representa a nossa opinião e repudiamos essa fala idiota.” Lula fez as declarações na Etiópia, antes de embarcar de volta para o Brasil. Horas depois, o primeiro-ministro Israelense, Binyamin Netanyahu, reagiu à fala do petista e disse que convocaria o embaixador brasileiro no país para uma reprimenda. “É uma frase muito grave a do presidente do Brasil, que vai causar muito desconforto não só para o governo de Israel, mas para o público israelense, para as comunidade judaicas no mundo e para outros governos democráticos, que vão condenar frase do presidente brasileiro”, previu, citando que espera reações dos Estados Unidos e de países da Europa.
Os filhos do ex-presidente também criticaram a declaração de Lula. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fez uma série de publicações sobre o tema.
“O que Lula não apenas demonstrou desconhecimento da história, mas principalmente expôs para todo o mundo o ódio em seu coração contra o Estado de Israel. Neste momento seus marqueteiros devem estar o aconselhando loucamente para tentar reduzir os danos”, escreveu.
Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) escreveu que a declaração de Lula é “uma fala cretina de quem desconhece a história”. “Com Lula, o Brasil é uma pária mundial, um anão diplomático”, escreveu.
“Esse é o comodismo por achar que está na ditadura de seu país e pode falar o que quiser que o consórcio abafa! Um arrogante que não sabe o seu lugar, que acha que está acima de tudo, que tem ‘costas quentes’ em qualquer lugar! A fala de Lula ainda é mais repugnante após o grupo terrorista Hamas, que assassinou milhares de mulheres, crianças e bebês recentemente, agradecê-lo pela comparação. A esquerda é diabólica!”, disse.
Após a repercussão negativa da repercussão, Lula decidiu convocar ao País para consultas o embaixador brasileiro em Tel-Aviv, Frederico Meyer. Ele chega ao Brasil na quarta-feira (21), e passará cerca de dez dias no País.
A medida é uma resposta ao fato de Israel ter convocado o diplomata para uma reprimenda ao Brasil depois de Lula comparar as ações de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto. As declarações de Lula abriram uma crise diplomática com o governo israelense, mas o presidente reluta em pedido de desculpas.
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