Marcelle Moraes apela para intervenção policial para evitar crescimento da Colônia de Gatos de Piatã

Com um plano de acolhimento em execução para cerca de 300 gatos que vivem na colônia de Piatã, a Prefeitura de Salvador tenta solucionar o problema que já virou caso de Justiça. Nesta quinta-feira (25), a secretária de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-Estar e Proteção Animal (Secis), Marcelle Moraes, afirmou ao Portal M! que a gestão está finalizando o chamamento público que selecionou uma ONG que vai acolher os felinos do local hoje considerado “depósito de gatos”.

“Desde outubro, fizemos um chamamento público e uma ONG se inscreveu. Estamos finalizando o termo de colaboração para publicar em Diário Oficial. A ONG, cadastrada pelo município, ficará com aqueles animais, e a Prefeitura subsidiará desde o resgate até os serviços de médico veterinário, vacinação, castração, cirurgia e posterior adoção. O processo está em trâmite e esperamos tirar os gatinhos de lá e revitalizar o local”, relatou a secretária.

Indagada pelo editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, se o plano de acolhimento é suficiente para resolver o problema em Piatã, considerando os frequentes abandonos de animais na região, a secretária enfatizou a importância da intervenção policial para assegurar que, após a dispersão da colônia, ela não volte a se transformar em um depósito de gatos.

“Instalamos inclusive câmeras no local, enviamos as imagens de abandono, e a polícia civil precisa tomar providência em relação a isso. Infelizmente, nós não temos o poder de polícia, mas é preciso que a polícia faça o seu papel e prenda, e faça com que as pessoas que abandonam os animais ali sejam punidas verdadeiramente, porque abandonar um animal é crime”, enfatizou.

A secretária também enfatizou que todos os protocolos foram seguidos na delegacia de Itapuã, e que o Ministério Público e a Secretaria de Segurança Pública foram contatados para que medidas fossem tomadas no local em relação aos casos de abandono.

“A gente está contando com o apoio da Guarda Municipal, que fará rondas no local assim que a gente tirar todos os animais, mas é preciso que isso venha se ajustar com a atuação do Poder Público, da Polícia Civil naquela região, para que o flagrante seja feito, caso venha a acontecer mais abandonos, e a gente não tenha um trabalho jogado no lixo. Então a gente precisa desse apoio”, completou.

Marcelle reforça que em Salvador estima-se que 90% dos animais em situação de rua são frutos do abandono. “A Prefeitura tem feito um trabalho maciço em relação a isso, tem batido na ideia da castração, tanto é que a gente ampliou as castrações, mas é preciso de fato a conscientização de toda a população”, finalizou. 

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