“Essa será a maior execução do edital Ouro Negro”, diz Bruno Monteiro ao destacar os R$ 7,8 milhões para os afros e afoxés

Desde 2008 que o projeto Ouro Negro, lançado pela Secretaria de Cultura da Bahia (SecultBA) promove a requalificação nos desfiles dos blocos, estimulando a valorização e a preservação da tradição afro no Carnaval de Salvador. E, em 2023, na 14ª edição, o atual secretário da pasta, Bruno Monteiro, prometeu que “essa será a maior execução do edital Ouro Negro”, haja vista que orçamento para execução é de R$ 8 milhões.

“A gente tinha uma previsão orçamentária inicial de R$6 milhões para o edital do Carnaval Ouro Negro. Houve uma suplementação de mais R$2 milhões, então foi para quase R$8 milhões, e eu já posso adiantar que hoje (sexta passada) está encerrando o prazo de recurso”, disse Bruno em entrevista com o editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, na edição do A Tarde desta segunda-feira (30).

O edital contempla e estimula a participação de agremiações oriundas das diversas comunidades de Salvador, que tem na folia o ápice para as diversas atividades sociais que são desenvolvidas ao longo do ano como segmentos afro, afoxé, samba, reggae e de índio, que desfilam no Carnaval de Salvador.

Puderam se inscrever as performances indumentárias (arte relacionada com o vestuário), toques percussivos, danças, performances e cantos fazem parte dos espetáculos, que trazem em si a força da ancestralidade e da tradição, na construção de uma cultura cidadã.

“Na semana que vem será divulgado o final, mas nós vamos executar quase R$8 milhões. Essa será a maior execução do edital Ouro Negro. Claro, é um edital, depende de questões, como as entidades se apresentam, apresentam sua documentação, não cabe à gente, mas a gente teve muito cuidado e muita determinação em ser muito cuidadoso para que fosse o mais amplo possível, obviamente respeitando todos os critérios e toda a legislação”, falou o secretário.

Segundo ele, a pasta está com um olhar atento para os inscritos, principalmente pelo entendimento de que boa parte dos grupos artísticos recebem do edital a sua única fonte de financiamento.

“Então, é muito importante a gente ter muito cuidado com isso. E a gente está planejando um Carnaval, aquilo que nos cabe, que é o Carnaval Ouro Negro, o carnaval do Pelourinho, o carnaval de Maragogipe, que é um Carnaval tombado, que a gente apoia, e também o de Nordeste de Amaralina, que também tem apoio do governo do estado”, pontou.

“A gente está tendo muita prioridade nisso, em tratá-los com cuidado, com carinho, porque a gente sabe da expectativa desse Carnaval”, completou. Sobre o diálogo com a prefeitura de Salvador, Bruno disse que a conversa ocorre na “medida em que tem que acontecer”.

“Eu tenho uma boa relação com o secretário Pedro Tourinho (Secult), temos conversado bastante, para no que for possível a gente agir com muita cooperação”, finalizou.