Não haverá festa se não houver futuro
O futuro do entretenimento (festivais, carnavais, grandes shows, etc) tem sido um tema constante entre os diversos atores que fazem parte dessa indústria. Mas, para que seja possível pensar nisso – e aqui me restringirei apenas ao carnaval – é preciso que antes ampliemos a consciência e as ações para que haja um futuro possível. […]
O futuro do entretenimento (festivais, carnavais, grandes shows, etc) tem sido um tema constante entre os diversos atores que fazem parte dessa indústria. Mas, para que seja possível pensar nisso – e aqui me restringirei apenas ao carnaval – é preciso que antes ampliemos a consciência e as ações para que haja um futuro possível.
O conceito de ESG (sigla usada para um um tema já antigo, porém cada vai mais necessário) reúne um conjunto de ações/critérios ambientais, sociais e de governança e se refere à atuação das empresas e organizações no que diz respeito às práticas inclusivas, pessoas, meio ambiente e negócios. O tema vem pautando a discussão nas empresas, influenciando hábitos de consumo e passa, obrigatoriamente, por ações dos realizadores do Carnaval. Antes de avançarmos, vale uma observação importante: não é inédita a relação entre entretenimento, sustentabilidade e responsabilidade social.
Podemos – e devemos – ampliar nossas ações, seja no social, seja na questão ambiental e de governança. Comecemos pela primeira: ações de assistência, doações de dinheiro ou alimentos são fundamentais para auxiliar os que mais necessitam. Mas não deve ser um movimento isolado. O meu convite é à ampliação do nosso olhar e reflexão – e me incluo nisso como empresário da área – para outras frentes. Precisamos pesquisar como os fornecedores e parceiros se envolvem nas causas sociais e ambientais e priorizar os que adotam práticas de inclusão, respeito à diversidade e ao meio-ambiente; oferecer condições dignas de trabalho para todos os profissionais do setor, com especial atenção para a base da cadeia. Permitir que essas ações sejam práticas cotidianas no exercício da nossa função, na realização dos nossos projetos e eventos.
No que diz respeito ao meio-ambiente, o setor de entretenimento também precisa se posicionar como aliado. A neutralização de carbono já é uma realidade, mas os eventos que adotam essa prática, ainda representam uma parcela ínfima diante do todo. O mesmo acontece com a gestão de resíduos. É fundamental entender que a adoção de tais práticas não deve ser configurada como despesa, mas sim como investimento no futuro. Pensar de forma mais ampla, sem a perspectiva que gestão inclusiva e sensível vai na contramão do resultado financeiro. Faz-se necessário passar a enxergar esse conjunto de ações como oportunidades de realmente criar valor às marcas. Posso falar com tranquilidade, tais experiências têm sido enriquecedoras, viáveis e geram um impacto grandioso a todo o ecossistema do entretenimento.
É inadiável pensarmos a gestão de todos os setores econômicos sob a ótica da sustentabilidade e inclusão numa simbiose com a gestão e a governança das empresas e não é diferente na economia criativa. A adesão às práticas ESG é urgente, e precisa ser feita de forma gradual, para que seja viável, porém integrada ao ritmo das mudanças de hábitos e costumes. Assim como a indústria do entretenimento ainda segue sendo maturada, infelizmente não conseguiremos ter, a curto prazo, empresas competitivas que tenham um grande percentual de suas ações em conformidade com os conceitos do ESG, mas entendê-los e iniciar um planejamento para aplicação paulatina dessas práticas é fundamental e completamente possível. Precisamos acelerar agora.
Não haverá festa se não houver futuro.
*Fábio Almeida é jornalista e sócio-diretor do Portal Jack Comunica.
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