“Governo deve cobrar dos bancos e das grandes fortunas apoio para superação da crise”, afirma presidente do Sindicato dos Bancários

O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, disse, nesta quarta-feira (25), que o “governo deve cobrar dos bancos e das grandes fortunas apoio para superação da crise”.

Conforme o dirigente, os bancos privados, principalmente, têm se esquivado da adoção de medidas eficazes na lida com o problema. Para ele, o sistema financeiro deve dar sua real contribuição ao país, neste momento. Só no ano passado, os cinco maiores bancos lucraram R$ 106 bilhões, “o que é uma cifra inimaginável em qualquer país do mundo”, afirmou Vasconcelos.

Algumas medidas que poderiam ser adotadas, segundo o presidente do sindicato, seriam a redução das “tarifas, juros, alongando prazos de pagamento, criando carências mais amplas pra que as pessoas possam ter acesso a empréstimos de longo prazo”, conta.

Nesse momento, de acordo com o dirigente, a a exceção são os bancos públicos, responsáveis por operacionalizar as “tímidas” medidas do governo para conter a crise causada pelo coronavírus. Para Augusto Vasconcelos, o momento traz uma reflexão sobre a necessidade da presença do Estado na economia.

“Essa é a importância dos bancos estatais. Imagina se, em um momento como esse, o Brasil não tivesse uma Caixa, um Banco do Brasil, o BNB e o BNDES? No momento em que o mercado se retrai, vão lá os bancos públicos e injetam mais recursos na economia, como aconteceu em 2018, na crise das hipotecas imobiliárias”, defendeu.