Sindicatos de jornalistas repudiam ataques golpistas em Brasília
Entidades também condenaram agressões a jornalistas no exercício de suas funções
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), em nome dos 31 sindicatos de profissionais filiados, repudiaram os ataques à democracia cometidos por bolsonaristas na tarde deste domingo (8), em Brasília, aos prédios do Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).
A invasão terrorista acontece uma semana depois de o país assistir a inclusiva festa cívica, na posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A FENAJ e os sindicatos filiados também denunciam firmemente agrupamentos que insistem em desafiar a Constituição, mantendo acampamentos em frente a quartéis do Exército, promovendo ações terrorista em Brasília e pedindo intervenção militar.
“É inadmissível a omissão do governo do Distrito Federal, bem como a leniência de parte das Forças Armadas, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal diante da escalada anticonstitucional do bolsonarismo. Em qualquer país moderno e democrático, atitudes como as que temos visto no Brasil seriam severamente reprimidas e punidas, em defesa do bem maior e coletivo”, diz a entidade através de nota.
Os sindicatos ainda ressaltaram sobre o caso de jornalistas brasileiros, que estavam no exercício de seu trabalho profissional, terem sido vítimas de intimidações e agressões por membros e apoiadores do grupo político violento e antidemocrático.
“Exigimos apuração e rigorosa punição dos responsáveis por este grave atentado à democracia brasileira, incluindo financiadores e realizadores. Alertamos, ainda, para a necessidade de as forças de segurança combaterem o cerceamento ao trabalho dos jornalistas, vítimas recorrentes da onda de violência das hordas bolsonaristas. Solidarizamo-nos com as equipes de imprensa agredidas e colocamos as estruturas sindicais à disposição da categoria.”
Agressão a imprensa
Ao menos oito jornalistas sofreram ameaças, tiveram equipamentos quebrados, receberam socos, chutes e empurrões, durante os atos terroristas em Brasília neste domingo (8). Houve até cárcere privado.
Um profissional do jornal O Tempo, que pediu para não ter o nome divulgado, fez um relato das agressões. No Senado, ele foi “preso” por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por cerca de 30 minutos, teve o celular e a mochila tomados, recebeu chutes, levou tapa na cara e foi ameaçado com armas.
“Roubaram meu crachá, quebraram ele. Pegaram minha carteira, pegaram os documentos. Roubaram meu dinheiro, R$ 20. Era só o que eu tinha. Pegaram meu celular. Repetiam a todo momento que eu era ‘petista infiltrado’. Eu respondia que não era, que estava ali a trabalho. Foi então que colocaram uma arma na minha cabeça, dizendo que eu ia morrer. Outro apareceu com outra arma, colocada nas minhas costas. E não paravam de me dar tapa na cara, xingar”, disse o repórter.
Além do jornalista de O Tempo, foram agredidos repórteres da Band e do Washington Post e fotógrafos da Folha de S.Paulo, AFP, Reuters, Poder360 e Metrópoles.
A repórter Marina Dias, que fazia a cobertura para o jornal norte-americano Washington Post, também foi atacada por vândalos, que a perseguiram até a garagem do Ministério da Defesa.
“Fui cercada, chutada, empurrada, xingada. Quebraram meus óculos, puxaram meu cabelo, tentaram pegar meu celular. É preciso punir essas pessoas. Isso é crime”, escreveu Marina no Twitter.
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