Grife Balenciaga é acusada de incentivo à pedofilia

A marca de grife Balenciaga está envolvida em uma polêmica envolvendo uma campanha de publicidade. O material de divulgação está sendo apontado como de incentivo à pedofilia.

A campanha é composta por fotos de crianças com animais de pelúcia que fazem referência ao sadomasoquismo e à prática BDSM, sigla do inglês para “Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo”.

Além disso, em outras imagens materiais publicitários da marca, aparecem documentos do julgamento de um caso de pornografia infantil. A revista norte-americana “Paper” apontou que compondo o cenário das fotos estão papéis relacionados ao caso de Michael William, um homem julgado pela Suprema Corte dos Estados Unidos por fazer postagens relacionadas à troca de materiais de pornografia infantil. Nestes materiais, crianças apareciam sendo vítimas de diferentes tipos de abusos sexuais.

Após a repercussão da polêmica, famosos de todo o mundo se posicionaram contra a marca. A empresária Kim Kardaschian, uma das admiradoras da Balenciaga, usou a sua conta no Instagram para afirmar que, como mãe de quatro filhos, ficou abalada com as imagens perturbadoras que viu e que está reavaliando o seu relacionamento com a marca.

No Brasil, influenciadoras como Evelyn Regly e Gkay, que também eram consumidoras da grife, criticaram a atitude. Evelyn chegou a picotar com uma tesoura tudo que tinha da Balenciaga.

Em nota, a empresa se pronunciou sobre a campanha. A Balenciaga afirmou condenar fortemente o abuso infantil e que não tinha a intenção de incluí-lo em sua narrativa.

“As duas campanhas de anúncios separados refletem uma série de erros graves pelos quais a Balenciaga assume a responsabilidade. A primeira campanha, a da coleção de presentes, apresentou crianças com bolsas de pelúcia vestidas com o que alguns rotulam de roupas inspiradas em BDSM. Nossas bolsas de urso não deveriam ser apresentadas para crianças. Esta foi uma escolha errada da Balenciaga”, começou a marca.

“A segunda campanha separada da primeira de 2023, que era para replicar um ambiente de um escritório comercial, inclui uma foto com uma página de fundo de uma decisão do Supremo Tribunal dos Estados Unidos de 2008 que confirma como ilegal e não protegida pela liberdade de expressão a promoção de pornografia infantil. Todos os itens incluídos foram fornecidos por terceiros que confirmaram por escrito que esses aparelhos eram documentos de escritórios falsos”, escreveu a grife, afirmando também que “a inclusão desses documentos não aprovados foi resultado de negligência imprudente pela qual a Balenciaga apresentou reclamação”.

A Balenciaga afirmou que está revisando de perto a sua organização, pediu desculpas pela ofensa e declarou buscar aprender com os seus erros.