“Ter a Casa Cor esse ano foi objeto de desejo de todo o segmento”, destaca Carlos Amorim sobre o retorno do evento

O diretor da CasaCor Bahia e Sergipe, Carlos Amorim, revelou na manhã desta segunda-feira (14), que o retorno do evento foi objeto de “desejo de todo o segmento”, não apenas de decoração, mas imobiliário também. O evento, que aconteceu no formato presencial em 2019, está de volta neste ano.

A CasaCor Bahia 2022 teve início em 21 de outubro e segue até 4 de dezembro, em dois espaços simultâneos: no Horto Florestal, em seu formato tradicional, e na Saúde, onde funciona a Casa de Saúde Solange Fraga, que receberá como doação a reforma da casa tombada e todo mobiliário utilizado.

“Havia um desejo muito grande dos lojistas, da indústria, dos designers, arquitetos, paisagistas, nosso mesmo, de retomar o caminho natural de Casa Cor que são as mostras presenciais, que são muito importantes e queridas. Havia uma expectativa, nosso último evento presencial aconteceu em 2019, então ter a CasaCor esse ano foi objeto de desejo de todo mundo do segmento”, contou Amorim.

Em entrevista ao programa Nova Manhã, da rádio Nova Brasil FM (104,7 FM), comandado pelo editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, o diretor da CasaCor Bahia e Sergipe também apontou que, como resultado da grande expectativa no setor, tem sido possível observar uma grande presença de visitantes, além de profissionais satisfeitos com seus trabalhos.  

“A Casa está cheia, os profissionais estão felizes, satisfeitos com seus trabalhos. O tema desse ano propiciou uma viagem pelo universo de cada um desses profissionais. Eles tiveram, além de prezar pelo técnico, tendências, também puderam falar sobre o que eles viveram, o que nós vivemos na pandemia, e como isso modificou o trabalho deles e o que deve interessar nesse momento”, afirmou.

O diretor também destacou que o retorno da CasaCor após a pandemia, representar um “marco no morar e viver”. Para ele, o evento também representa uma forma de orientar a vida das pessoas, sobretudo, no que elas desejam para suas casas.

“CasaCor é também uma forma de orientar a vida das pessoas, o que elas desejam para suas casas. A pandemia não criou apenas esse desejo de ocupar melhor esse espaço que, tantas vezes, negligencia, ela criou também uma nova forma de morar, de viver, em que você pode estar em vários lugares diferentes do seu escritório e trabalhar. Se criou a necessidade desse trabalho em casa, da vida com home office e, consequentemente, com múltiplas possibilidades de visão do seu tempo”, ressaltou.

Tendência

Amorim indicou ainda, que essa “nova forma” de viver, representa uma grande demanda aos profissionais atualmente, e indicou que, diferente do que se imaginava, que as pessoas buscariam espaços maiores, permaneceu a tendência de morar em pequenos espaços, e em locais que ofereçam diversos serviços.

“Temos a tendência de espaços cada vez menores, que sejam ocupados por residências. Houve tempos na pandemia em que se achava que as pessoas buscariam casas maiores e isso não aconteceu, justamente porque uma segunda casa pode existir bem distante do local em que se trabalha. Então, continuamos com a tendência de morar em pequenos espaços, e em bairros que ofereçam muitos serviços, onde seja possível fazer as atividades diárias, deslocando-se no máximo, 15 minutos em bicicleta ou a pé”, indicou.

Ele explicou também, que existe um aspecto interessante da diminuição das plantas das casas, ao mesmo tempo, em que o espaço passa a agregar múltiplos serviços.

“Tem o espaço da família, o escritório, além da arquitetura que tem tudo, piscina, cozinha, game center, telão, isso porque as pessoas tendem a se isolar em seus notebooks, celulares, ficando segregadas a casa de quem tá próximo. Com esses espaços comuns, abertos, as pessoas podem estabelecer um diálogo mais próximo. Então vemos espaços compartilhados, multifuncionais, mesmo os menores espaços são assim”, explicou.

Modelo

Outro ponto destacado por Amorim foi o modelo do evento. Segundo ele, se trata de uma “invenção brasileira”, que entrega “muita coisa” ao mesmo tempo. Ele também defendeu que a indústria imobiliária é o grande suporte da capital baiana.

“Nós somos uma jabuticaba do segmento internacional, ninguém faz o que a gente faz, é uma invenção brasileira, e a gente entrega muita coisa ao mesmo tempo. São muitos relacionamentos com indústria, lojistas, com os profissionais. E o capital imobiliário é o mais significativo de Salvador. Salvador é uma cidade que quase não tem nenhum tipo de indústria. O processo de desindustrialização da capital, levando-as para a região metropolitana, nos deixou quase sem nenhuma atividade de capital de base, e a indústria imobiliária é o nosso grande suporte”, destacou.

Confira a entrevista completa: