Vixe! A reta final das campanhas. Há chance de Neto virar o jogo? PT quer evitar salto alto para garantir vitória de Jerônimo. E mais, o impacto dos debates e da disputa nacional

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Glaucia Farias 26/10/2022 09:02 Vixe

O entusiasmo na reta final
Pessoas próximas ao candidato do União Brasil, ACM Neto, têm demonstrado entusiasmo nessa reta final de campanha na Bahia. Segundo informações chegadas à coluna Vixe!, a empolgação se explica por uma injeção de ânimo nos lugares por onde elas têm passado, sobretudo nas médias e grandes cidades, nas quais os oposicionistas têm concentrado esforços nesse segundo turno. Isso devido à possibilidade de crescer nesses locais, já que nas pequenas cidades o candidato do PT, Jerônimo Rodrigues, reina soberano.

Há chance de Neto virar o jogo? 
Os mais otimistas, como alguns dirigentes de partidos aliados, veem chance real de virar o jogo e vencer a eleição no domingo, com uma margem pequena. Algumas pesquisas contratadas para consumo interno chegam a dar ACM Neto na frente em muitas localidades. Óbvio que esse não é o principal motivador da alegria oposicionista, já que esses mesmos institutos erraram feio na primeira fase do pleito. O resultado das urnas mostrou um Jerônimo e um PT fortalecidos na maioria das cidades baianas. Neto venceu em 65 dos 417 municípios baianos. 

ACM Neto

Sem salto alto para garantir a vitória 
O entendimento na oposição é que a vitória ampla de Jerônimo no primeiro turno, aliada à força do ex-presidente Lula na Bahia, fez com que muitos petistas e seus aliados subissem no salto, como fizeram os aliados de ACM Neto na primeira fase do pleito. O clima de já ganhou foi tanto que alguns caciques do PT foram obrigados a chamar os aliados para a realidade, pontuando que não poderiam cometer o mesmo erro dos adversários, de comemorar vitória antes da abertura das urnas. Resultado: resolveram intensificar o corpo a corpo para se manter bem no páreo e garantir a vitória no próximo domingo. 

O impacto dos debates sobre Jerônimo 
Outro ponto de indefinição nas campanhas é sobre o impacto da não participação de Jerônimo nos debates televisivos. O que não sabem avaliar com precisão ainda é qual poderá ser o menor estrago, o de participar e não se mostrar tão preparado para enfrentar o adversário e para governar Bahia, ou se manter distante do confronto direto com o postulante do União Brasil, ficando com a pecha de “fujão” como tentam imprimir. “Indo ou se omitindo, o candidato do PT só tem a perder”, como disse um cacique da oposição.

Jerônimo Rodrigues

O peso da disputa nacional
Outro ponto que é acompanhado de perto pelos aliados de ACM Neto é a imprevisibilidade da disputa nacional. A ameaça de vitória de Bolsonaro, aliada ao fato de o candidato do PT afirmar que só saberá governar com o ex-presidente Lula, facilita o discurso da oposição contra o nome petista. Essa semana o próprio ACM Neto questionou se Jerônimo estava preparado para governar com qualquer presidente a ser eleito no dia 30. Em entrevista à imprensa, o ex-prefeito de Salvador reforçou que estará apto com Lula ou Bolsonaro: “Posso trazer essa palavra de absoluta segurança para os baianos e para a Bahia”, enfatizou e disparou: “Essa é uma pergunta que tem que ficar no ar e precisa de resposta”.

Lula e Bolsonaro

Mais apoios na reta final 
A decisão do Rede Sustentabilidade de oficializar ontem o apoio à candidatura de  Jerônimo encheu de entusiasmo os aliados do PT. Com a nova adesão, a campanha petista passa a contar com cinco novos partidos nesse 2º turno. Além do Rede, o PSOL, PSC, PROS e Patriota se juntaram ao projeto petista no estado. No total, a Coligação Mais Bahia, Mais Brasil chega nessa reta final da campanha com onze legendas aliadas. 

Jerônimo recebe apoio do Rede Sustentabilidade

Partidos agregam valor na campanha 
Segundo a ex-ministra Marina Silva, a decisão do Rede de apoiar a chapa de Jerônimo Rodrigues se dá pelo alinhamento nacional do partido, pela necessidade de fortalecimento das pautas ambientais, compromisso em garantir mais inclusão social e uma Bahia mais forte. No encontro, Jerônimo agradeceu a oportunidade de estar recebendo o apoio da legenda.

Marina Silva

Petistas comemoram vantagem 
O presidente do PT Bahia, Éden Valadares, voltou a destacar ontem a importância dos apoios recebidos e disse estar confiante na vitória dia 30. “O importante é a gente carimbar a vitória, faltou pouco no primeiro turno, nós estamos trabalhando muito, rodando a Bahia, recebendo com alegria as adesões. Cinco partidos que não estavam com a gente agora estão com Jerônimo, além de mais de 20 prefeitos e ex-prefeitos. Então uma parte grande da sociedade baiana já conhece o favoritismo, o cheiro de vitória da nossa campanha e a gente está muito feliz nessa reta final”, destacou. 

Éden Valadares

Bolsonaro deu um presente a Lula 
Nem nos seus maiores sonhos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esperaria receber um presente tão valioso do seu adversário Jair Bolsonaro nessa reta final da campanha. Diante da reação violenta do seu aliado Roberto Jefferson contra policiais federais, que foram até sua casa cumprir uma decisão da Justiça, Bolsonaro foi obrigado a relativizar a ação do seu apoiador, sob o risco de perder votos junto aos eleitores que não coadunam com as práticas violentas de Bob Jeff. Em vídeo publicado na tarde de domingo, o presidente da República disse repudiar “as falas do sr. Roberto Jefferson contra a ministra Carmen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF, bem como a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP”.

Luís Inácio Lula da Silva

Preocupado com a repercussão 
No vídeo, Bolsonaro apresentou-se sentado, lendo de cabeça baixa a nota contra o presidente do PTB, que foi responsável pela criação da candidatura do Padre Kelmon, que mais parece um personagem que saiu das páginas de uma revista em quadrinho para os debates eleitorais. Na solidariedade tardia aos policiais federais, Bolsonaro obedeceu à lógica do candidato preocupado com a rejeição junto ao público feminino, em mais de 50% nas pesquisas eleitorais. Além das críticas por ter determinado que o ministro da Justiça fosse ao Rio acompanhar “o andamento deste lamentável episódio”, Bolsonaro foi apontado como o responsável por ter cavado o próprio buraco em que se meteu, numa tentativa de amparar o aliado político.

Jair Bolsonaro

Jefferson vai de aliado a bandido 
O detalhe é que o estrago já estava feito. A percepção da proteção presidencial a Jefferson contaminou redes de policiais federais, militares e civis: com dois agentes feridos. No fim da tarde, o candidato à reeleição decidiu jogar o dirigente do PTB à própria sorte, classificando-o como “bandido”. Até mesmo falar que não tinha foto com o aliado ele falou, para ser desmentido na sequência pela enxurrada de fotografias com os dois juntos. A dúvida agora é saber qual o real estrago que esse episódio terá sobre a campanha bolsonarista nessa reta final. A conferir. 

Roberto Jefferson

Montagem do governo Jerônimo e os suplentes 
O candidato a governador pelo PT, Jerônimo Rodrigues, disse ontem que a composição do seu eventual secretariado será pautada por um perfil técnico, caso seja eleito no próximo domingo. Em entrevista à Band, o petista garantiu que sua gestão será marcada pelo desenvolvimento econômico em parceria com o avanço na área social. “Nós priorizaremos uma composição com o perfil mais técnico e vamos conversar isso com nossos aliados. Vamos buscar servir o melhor possível à Bahia e a todos os baianos”. Pelo que se comenta no próprio PT, mesmo antes da vitória há partidos se movimentando para garantir bons espaços na máquina estadual, como é o caso do PSB, PCdoB e MDB. Há quem garanta que Jerônimo eleito não abrirá mão de indicar pastas sensíveis, como a Casa Civil, Saúde e Comunicação. No PT, o indicativo é que dois deputados estaduais eleitos sejam levados para o Executivo para que os suplentes Marcelino Galo e Neuza Cadore retomem seus mandatos na Assembleia Legislativa. 

Marcelino Gallo

Ex-ministros de Bolsonaro saem vitoriosos 
Apesar de não tornar público os integrantes do seu eventual governo de reeleição, apoiadores de Bolsonaro dizem que nomes que já integraram seu primeiro escalão podem ser reaproveitados num eventual novo mandato. O detalhe é que, por mais que não voltem para os cargos de destaque do Planalto, muitos deles já foram beneficiados com cargos no parlamento brasileiro. A ex-ministra Damares Alves foi eleita senadora pelo Distrito Federal. O ex-ministro Sérgio Moro será senador pelo Paraná. O astronauta Marcos Pontes deixou a pasta de Ciências e Tecnologia para se eleger senador por São Paulo. 

O sucesso dos bolsonaristas 
Rogério Marinho também foi eleito senador, na mesma onda bolsonarista que elegeu a ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina, como senadora por seu estado. O ex-ministro Osmar Terra foi eleito deputado federal, da mesma forma que os ex-ministros Eduardo Pazuello e Ricardo Salles foram eleitos deputados federais por seus estados. Os ex-ministros Onix Lorenzonni e Tarcísio de Freitas deixaram o Governo Bolsonaro e disputam o segundo turno em estados estratégicos, como o Rio Grande do Sul e São Paulo, respectivamente. Sem contar que o atual vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, também foi eleito senador da República.

Eduardo Pazuello

Aliados desenham provável ministério de Lula 
O tensionamento dos últimos dias no Brasil mostra como a eleição para presidente da República ainda está totalmente indefinida. Apesar dos contornos imprevisíveis, repercutiu e muito a informação de que o ex-presidente Lula já estaria conjecturando sobre possíveis desenhos para seu governo, caso vença a disputa de domingo. Algumas pessoas próximas à cúpula do PT dizem que o senador Jaques Wagner deve ser alçado à condição de líder do governo no Senado. No entanto, Lula desejaria ver o “galego” trabalhando como ministro de Relações Exteriores, na tentativa de ver o aliado distensionando as relações do Brasil com o restante do mundo, tão desgastadas pelo governo Bolsonaro.

Jaques Wagner

Daniela e os desafios da Cultura 
Para o Ministério da Cultura, o nome cogitado é o da cantora baiana Daniela Mercury, embaixadora das Nações Unidas. Além de ser uma artista admirada, Daniela é uma das grandes vozes contrárias ao desmonte do setor feito pelo governo federal. Já para o Ministério da Fazenda, o desenho projetado por pessoas próximas a Lula sinalizam que seu candidato a vice, Geraldo Alckmin, pode ocupar o posto. 

Daniela Mercury

Rui no ministério de olho na prefeitura 
Apesar de não gozar do amor incondicional do ex-presidente, o governador da Bahia, Rui Costa, pode ser indicado para assumir uma pasta na área da infraestrutura ou ainda o Ministério das Cidades. Com fama de bom gestor e de tocador de obras, ele pode ser alçado ao cargo para se manter com visibilidade em alta, na tentativa de se viabilizar como prefeito de Salvador a partir de 2025. Mais uma tentativa para o PT que nunca conseguiu comandar a prefeitura da capital baiana. 

Lula e Rui Costa

Ex-candidatas acomodadas 
Para assumir o Ministério da Educação, a candidata derrotada do MDB, Simone Tebet, deverá ser anunciada para o posto, apesar de integrantes do partido insistirem em comandar a pasta, reservando para ela o Ministério do Meio Ambiente. Para o posto, Lula quer indicar a ex-ministra Marina Silva.

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