Obesidade, sedentarismo e má alimentação aumentam o risco de câncer, aponta oncologista
Exames períodicos podem levar a detecção precoce da doença e ao tratamento com uma melhor eficácia no combate a doença
Entre as diagnósticos mais comuns, segundo o Inca, o câncer de pele não melanoma será o mais incidente (177 mil), seguido pelos cânceres de mama e próstata (66 mil cada), cólon e reto (41 mil), pulmão (30 mil) e estômago (21 mil).
O oncologista clínico e coordenador da Oncologia D’Or – Regional Bahia, Rodrigo Guedes, afirmou que o câncer em suas diversas formas pode ser acometido em qualquer pessoa, uma vez que a doença é um conjunto de diversas outras doenças e nasce a partir de uma alteração genética no corpo.
“As nossas células estão se dividindo o tempo inteiro em nosso corpo e quando há algum erro nessa divisão ocorre a chamada mutação. Nosso corpo tem mecanismos para identificar e corrigir, mas às vezes esse erro escapa da vigilância do nosso corpo e nasce o cancer”, explicou o oncologista, durante entrevista com o editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, no programa Nova Manhã da rádio Nova Brasil FM.
O diagnóstico precoce pode sim, evitar o surgimento ou até mesmo, em casos, se já portar, o avanço do tumor. “A gente tem que insistir na prevenção e diagnóstico precoce porque a gente poupa vidas e economiza dinheiro. Prevenção é reduzir os fatores de risco para se ter o câncer, como atividades físicas, que reduzem o risco de diversos tipos de cânceres. Já o sedentarismo aumenta a incidência da doença, assim como, a obesidade e o tabagismo”, declarou.
Entre os pontos enumerados pelo especialista, há também a chamada gordura no fígado que, conforme o médico, se dá quando a pessoa tem um hábito de vida não saudável, como sedentarismo, obesidade e alimentação ruim. “E essa doença é uma epidemia e pode levar à cirrose e ao câncer de fígado, e nos EUA já estamos vendo uma epidemia relacionada a esse tripé”, apontou Rodrigo Guedes.
No Brasil, o ranking de casos em homens ainda é liderado pela próstata, com 65.840 (29,2%) e de mama em mulheres, com 66.280 (29,7%). O médico explicou que, embora há quem ache que o surgimento de câncer se dá apenas pela predisposição genética, quando alguém na família já teve o mesmo tipo de doença, esses casos representam apenas 10% a 15%. No geral, a maioria poderia ser evitada e/ou tratada de forma precoce e preventiva. Um dos casos que tomou notoriedade foi quando a renomada atriz Angelina Jolie realizou uma mastectomia bilateral (remoção das duas mamas) preventiva.
De acordo com o oncologista, a manobra realizada pela atriz só foi possível após exames de rastreio da existência de um possível erro genético, seja ele hereditário ou não. No caso de Angelina, ela localizou uma mutação chamada BRCA, que aumenta os riscos de câncer de mama.
“Toda vez que um paciente tem um câncer, o oncologista tem critérios para identificar quais são as chances desse tumor ser de origem hereditária, ou seja, ter uma síndrome de predisposição ao câncer ou não. E um desses critérios é ter um ou mais familiares de primeiro grau com o mesmo tipo de câncer, ou ter familiar de primeiro grau com o mesmo tipo de câncer igual ou menor do que 50 anos e o próprio paciente ter um câncer em idade menor que 50 anos, coisas que a gente sabe que não são comuns, dentro outros critérios”, falou.
HPV e a hepatite B
Com a pandemia de Covid-19, houve um fortalecimento dos movimentos antivacina após a propulsão gerada pela politização do imunizante. Com isso, sem falar da falsa sensação de segurança sanitária de doenças já controladas em território nacional, tornou-se possível falar sobre a eficácia e efeitos da aplicação de doses, como poliomielite [paralisia infantil], sarampo, entre outras.
Entre os diversos benefícios proporcionados pelos dispositivos, há o controle de doenças sexualmente transmissíveis que também podem levar o desenvolvimento de câncer, como o HPV, que causa o surgimento de tumores na boca e na cavidade bucal e a Hepatite B, que pode ocasionar no surgimento da cirrose e, consequentemente, ao câncer de fígado.
“O câncer de fígado provocado pela hepatite B é muito agressivo e a hepatite também é um vírus sexualmente transmissível, mas há vacinas para esses dois tipos de cânceres. Para o HPV há imunizantes disponiveis SUS para crianças e adolescentes do sexo masculino e feminino. Na Inglaterra há estudos de que houve redução em 89% após a vacinação e aqui no Brasil ainda se discute se vacina ou não. Na verdade houve um grande desserviço nos últimos anos em relação a politização da vacina. Doenças que estavam esquecidas, como a poliomielite, estão em risco de voltar”, alertou Rodrigo Guedes.
“Coberturas vacinais das quais a gente tomou a vida inteira, agora se questiona se vai dar vacina ou não, se vai ficar jacaré, se vai mudar DNA. Isso é um absurdo, é uma questão anticiência. A vacina do HPV reduz drasticamente as chances de contaminação e consequentemente os riscos de câncer de colo de útero e a da hepatite B, que hoje em dia é dada após o nascimento e ela reduz a 0 as chances de contaminação, então, não se tem o que discutir em relação a isso”, enfatizou o médico.
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