Jaques Wagner descarta vitória de Bolsonaro

Na avaliação do senador, o cenário de “crescimento” de Bolsonaro (PL) é fruto da sua “torcida organizada”


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tlndesign 12/09/2022 19:20 Política

O senador Jaques Wagner (PT) descartou a possibilidade de uma reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo diante do seu crescimento e da oscilação do ex-presidente e candidato ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para Wagner, o cenário de crescimento do atual presidente é fruto da sua “torcida organizada”. 

Em entrevista ao editor-chefe do Portal M! e colunista de A Tarde, Osvaldo Lyra, o senador avaliou que as aparições de Bolsonaro, com muitos apoiadores, como ocorreu no 7 de Setembro, mostra um engajamento, mas não um crescimento efetivo.

“O que a gente viu foram os torcedores dele, cujo número é grande, alguém que tem 30 e tantos por cento. Eu nem sei qual o total de eleitores habilitados no Brasil hoje, acho que 150 milhões. Quem tem 30 e poucos por cento, estamos falando aí de 50 e tantas milhões de pessoas que consideram o governo dele bom e têm simpatia pelo estilo dele. Uma parte desse pessoal, evidentemente é torcida organizada dele, foi para a rua. Eu acho normal. Eu não acho que isso mostrou uma pujança. Mostrou um engajamento. Até porque ele não consegue sair do lugar, na minha opinião, ele já está parado ali”, destacou.

O ex-governador da Bahia também apontou que o “problema” de Bolsonaro não é o “CNPJ do governo”, mas sim na pessoa física dele. Ele também afirmou que a rejeição do presidente se dá pela pessoa “despreparada” que é.

“A rejeição é pelas bobagens que ele fala. Pela constatação de que ele é uma pessoa despreparada, pouco sensível, zero solidária, que jogou a imagem do Brasil no chão. A gente era recebido quando eu era governador com tapete vermelho. Éramos invejados. Hoje, o Brasil lá fora é uma tremenda de uma interrogação. As pessoas não entendem o que está acontecendo. Aumento de desmatamento, aumento de desemprego, aumento de pobreza, a volta da fome”.

Diante deste quadro, Wagner afirmou que não vê “chance nenhuma de Bolsonaro chegar lá”. Na avaliação do senador, o presidente consolidou um agrupamento que se identifica com ele, e fez uma comparação à adversário histórico do PT em pleitos nacionais: Fernando Henrique Cardoso e Geraldo Alckmin (PSB), que hoje é candidato a vice na chapa de Lula (PT).

“Nós já fomos adversários do Fernando Henrique, Alckmin. Nós estamos trabalhando na dimensão da política, entendeu? Você critica o meu plano de governo econômico, eu critico o seu. Mas foi o que o Alckmin disse no lançamento da chapa, a gente se junta com eventuais adversários para confrontar os antagônicos. Porque Bolsonaro é anti tudo. É antivida, é antidemocracia. Alguém que acha que cabe estimular a distribuição de armas, nós saímos de 100 para 600 mil armas na mão de pessoas privadas. Está claro agora que até o tráfico está brincando de comprar. Todo mundo se dizendo colecionador”, ressaltou.

Por fim, Wagner afirmou que há a possibilidade de ocorrer um “processo de precipitação” na última semana da eleição e resolver a eleição no primeiro turno. Esse processo, segundo o senador, porque ocorrer entre os eleitores que preferem Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) ou qualquer outro que não está em primeiro ou segundo lugar, que acabem optando por um candidato melhor colocado nas pesquisas.

“A pessoa vai sustentar isso, eu diria assim, até o último momento. Se chegar na semana da eleição e ele percebe que seu preferido não vai conseguir pontuar, eu acho que tem uma chance muito grande dele dizer: eu não vou brincar em serviço, já sofremos 4 anos com um presidente totalmente despreparado, portanto, eu prefiro ir para o meu segundo preferido. Então, eu acho que essa decisão do eleitorado, não é retirar Ciro ou Simone, mas pode precipitar a eleição no primeiro turno”, explicou.

Governo da Bahia

“ACM Neto é uma pessoa que carrega o autoritarismo, panelinha. É só ver quem é que manda nos negócios em toda a prefeitura. Dizem até que eventualmente tem sócio oculto. Eu não vou falar porque eu não conheço.  Mas é tudo uma lista de amigos que opera lá. Então, ele quer o quê? Ganhar para botar uma panelinha na Bahia como era, que a gente acabou?”, questionou Wagner.

Segundo o senador, foi sob o comando do seu grupo político, que diversas empresas cresceram e oxigenam a Bahia atualmente.

“Na minha opinião, Jerônimo tem duas âncoras muito fortes para levar a vitória. Primeiro, ele é muito preparado. Apesar de que está sendo conhecido agora, ele é muito preparado. Segundo: ele tem um exemplo de governo de Rui que é uma correria, diferente do meu, que é um estilo diferente. Por isso que eu digo: aqui não cansa, porque são pessoas diferentes. Lá cansou porque era mando único. Todo mundo sabe disso”, afirmou Wagner, em alusão à Antônio Carlos Magalhães (ACM).

Sobre o cenário da saúde, o senador falou a respeito da fila da regulação, que tem sido alvo intenso de críticas da oposição. Para Wagner, o tema não é um “calcanhar de Aquiles”, e destacou a realização de mutirões de cirurgias em prol da diminuição da fila. Ele também ressaltou que a prefeitura de Salvador tem responsabilidade sobre o tema e “não faz nada”.

“A gente foi fazer um mutirão de preventivo de câncer em Salvador, deu uma fila de 10 mil pessoas. Quem é que era para estar fazendo preventivo de câncer? A prefeitura de Salvador, que não faz nada. Esse que é o problema”, apontou.

Wagner também destacou que, atualmente, as pessoas procuram os serviços porque “sabem da capacidade de atendimento”. Segundo ele, a fila da regulação é consequência da criação de 18 hospitais por parte do governo do Estado.

“Se o rapaz que está falando tanto, nos 16 anos que mandaram na Bahia, tivessem feito hospital, a gente talvez tivesse mais facilidade e não tivesse um estoque tão grande de gente. Então, eu não tenho dúvida de que estamos no caminho correto para resolver isso aí”, garantiu.

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