Briga entre torcidas organizadas de Bahia e Vitória deixa feridos

Ao menos três homens ficaram gravemente feridos ao serem espancados com pedaços de madeira, metal e pedras em uma briga envolvendo torcedores de Bahia e Vitória, na Avenida Nestor Duarte, próximo ao Largo da Argeral, no bairro de São Cateano, em Salvador.

A confusão aconteceu no início da tarde deste domingo (4), horas antes do jogo do rubro-negro contra o ABC pela terceira divisão do Campeonato Brasileiro, que começou às 17h e acabou empatado em 0x0.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e levou as vítimas para o Hospital Geral do Estado (HGE). Não há detalhes sobre o estado de saúde dos três homens. 

Em imagens gravadas por pessoas envolvidas na confusão, e divulgadas nas redes sociais, os grupos contam que a briga foi entre torcidas organizadas. Nas imagens é possível ver muitos homens com camisetas e materiais da Torcida Uniformizada Imbatíveis (TUI), do Vitória. Também são exibidas imagens de homens caídos no chão e muito sangue

Um dos envolvidos na briga ameaça agredir os rivais e exibe um soqueira inglesa (detalhe na foto) – um tipo de arma branca feita de metal, que é encaixada nos dedos para potencializar os golpes. Até a última atualização desta reportagem, a TUI ainda não havia se posicionado com relação à briga.

Um carro é visto atropelando um grupo de pessoas e fugindo logo em seguida, após ter vidros quebrados. Testemunhas relataram que a ação foi iniciada pela TUI e que três feridos são da Bamor – torcida organizada do Bahia -, que estariam em menor número.

A Polícia Militar foi acionada e esteve no local para conter a confusão. Dezenas de torcedores com camisetas da TUI foram rendidos e colocados sentados ao chão, para apartar a confusão. Envolvidos na confusão, 53 pessoas foram levadas para a Central de Flagrantes.

Bahia repudia violência

Em nota oficial divulgada nas redes sociais, a diretoria do Bahia repudiou a violência ligada ao futebol e expressou solidariedade às vítimas e indignação com a “normalização da barbárie”. O texto lembra que houve outro ato de violência contra um torcedor tricolor no último domingo (28).

“Como pano de fundo, a impunidade. Mais de seis meses depois, ninguém foi responsabilizado pelo atentado ao nosso ônibus, em fevereiro, para citar apenas o exemplo de um caso absolutamente extremo. O recado que passa é: tudo pode; tá tudo liberado”, diz a nota.

Por fim, o clube faz uma apelo às autoridades para que, através dos vídeos que circulam nas redes sociais, identifiquem e punam os responsáveis pela violência, “independente do time que usem como subterfúgio para praticar crimes”.

* Com informações do Portal G1 (matéria atualizada às 19h05)