Pai do Axé Music, Luiz Caldas faz show com voz e piano na Pupileira nesta sexta

Diferente do que a gente está acostumado a ouvir do pai do Axé Music, Luiz Caldas vai realizar um show apenas com voz e piano, nesta sexta-feira (19), às 20h, nos palcos da Pupileira, no bairro de Nazaré, em Salvador. Os ingressos para o evento são vendidos no Sympla com valores entre R$ 200 e R$ 140 (inteira) e R$ 100 e R$ 70 (meia).

“É um show muito legal e estou muito feliz em poder fazer porque não é uma coisa que faço direto, acontece esporadicamente e é um show muito bonito, porque o repertório são canções que eu cantava em bailes na adolescência, canções que marcaram a vida de muita gente”, disse Luiz Caldas, durante entrevista com o editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, no programa Nova Manhã da rádio nova Brasil FM, desta sexta (19).

“Será um show muito bonito porque, com certeza, terá uma trilha sonora para cada pessoa lá presente”, brincou. “Nesse show as pessoas vão ver o intérprete Luiz Caldas, não o cantor e compositor”, garantiu.

O evento faz parte do projeto Noites Culturais, que já acontece no Cerimonial Rainha Leonor desde 2013 e tem parte da venda de ingressos revertida para os projetos sociais da Santa Casa da Bahia. O ingresso também é vendido de forma presencial, na Pupileira, até às 18h. O pagamento pode ser realizado em dinheiro, cartão ou PIX.

Durante o programa, Caldas falou sobre seu projeto de lançar um álbum por mês, que está em execução desde 2013. Até o momento, o artista já coleciona mais de 120 álbuns, fora os mais de 200 ao longo dos 50 anos de carreira. Para ele, o título de Pai do Axé Music não lhe rendeu frustrações ou dores de cabeça, mas a música tem sido como remédio para sua vida.

“A música jamais me deu qualquer tipo de dor ou tristeza, muito pelo contrário, sempre me tirou desses momentos de tristeza, angústia e ansiedade. Porque muitas vezes você planeja e quer que algo aconteça de um jeito e isso muitas vezes não acontece e a música não deixa de ser um calmante para tudo, remédio que uso para todos os momentos”, falou.

“O Axé Music é uma parte importante da minha vida, foi o que me projetou para o mundo. O que projetou a minha música para o mundo foi por ter criado o Axé Music e de ter composto muitos clássicos nesse segmento musical”, acrescentou o cantor.

Questionado sobre sua fonte de inspiração, Caldas revelou que há um bom tempo que não trabalha desta forma, mas que dedica muito tempo e trabalho duro diariamente para obter os resultados que deseja.

“Há muito tempo que eu não trabalho, especificamente, com inspiração. Eu me inspiro para tocar, para fazer uma apresentação bonita, mas para fazer uma criação eu utilizo mais a transpiração do que a inspiração. É ralar em cima do que quero fazer e ir lapidando porque as ideias ocorrem de forma bruta na cabeça da gente, então a gente vai lapidando e colocando do jeito que precisa”, disse.

“São muitos álbuns e só nesse projeto de 2013 até agora são 125. Foram mais de 200 álbuns fora desse projeto, na minha carreira. Então, é aquela coisa de você ralar todos os dias e não ficar na rede esperando a inspiração cair do céu porque muitas vezes ela não vem”, brincou.

Muito perto de ser incluído no Guinness Book como o artista que mais gravou álbuns na carreira, Caldas revelou a motivação do projeto que vai além de ‘pegar duro no batente’ todos os dias. “Eu não penso que estou gravando. Eu toco todos os dias. Todos os dias eu toco com um piano, violão, cavaquinho, não importa, todo dia estou fazendo música. O que tenho feito é registrado e mostrado isso para as pessoas, mas independente de estar mostrando ou não, eu faria tudo novamente”, afirmou.

Ele também relembrou de alguns artistas que o ajudaram no início da carreira, nomes que, segundo Luiz Caldas, têm lugar em seu coração. “Todos têm lugares no meu coração… Caetano Veloso, Luiz Gonzaga, Fagner e tantos outros que sempre estiveram ao meu lado e deram o melhor de si para uma pessoa que estava iniciando a carreira”, saudou o baiano.