Dra. Raíssa Soares afirma que a política brasileira é baseada em “trocas”

A pré-candidata ao Senado baiano, Dra. Raíssa Soares (PL), pontuou, na manhã desta segunda-feira (18), que as principais reformas que o país precisa não avançam no Congresso por conta da falta de alinhamento de propósito. Na avaliação dela, que participou de entrevista com o editor-chefe do Portal M! e colunista do jornal A Tarde, Osvaldo Lyra, a política do Brasil não é mais voltada para o povo, mas sim baseada em trocas.

“Infelizmente a gente não trabalha todos alinhados, com o mesmo propósito. Então, por exemplo, eu vi uma entrevista quando a Reforma da Previdência foi para discussão. Quem pegou a reforma foi convencendo pessoa a pessoa, partido a partido que aquilo seria benéfico ao povo. Se todo o Congresso Nacional tivesse o mesmo propósito, que tivesse sim opiniões diferentes no sentido de defesa, eu vou defender linhas de pensamento, mas se tudo aquilo que fosse benéfico ao povo, não deveria ter discordância”, pontuou.

“Então, quando eu penso em reformas tributárias, quando eu penso em reformas trabalhistas, quando eu penso até na reforma do Congresso. Eu penso em formas de fazer uma política mais clara, com menos toma lá dá cá, a gente vai sempre ter um pensamento de ‘o que eu vou ganhar com isso?’. Infelizmente hoje a política brasileira é uma política de trocas. Não é uma política voltada às pessoas”, seguiu com a crítica.

“E na hora que a gente começar a ter mais parlamentares voltados pelo propósito, e não pelo seu interesse pessoal, a gente avança em todas as reformas que inclusive hão de surgir, que estão sendo trazidas como reformas ‘vamos mudar, vamos renovar, vamos atualizar qualquer grande projeto que já existiu ou pautas necessárias para avançar na sociedade'”, emendou Dra. Raíssa Soares.

Seguindo com a avaliação, a médica, que tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), na chapa estadual encabeçada pelo pré-candidato bolsonarista a governador da Bahia, João Roma (PL), pontuou que o maior desafio para o próximo ocupante do Palácio de Ondina será a promoção de um governo técnico, que valorize o povo baiano.

“O maior desafio do próximo governador vai ser realmente ter um governo técnico que coloque pessoas com competência nas suas áreas e que tenham a história da Bahia com clareza para não errar e não cometer os mesmos erros do passado. Valorizar o povo baiano sem precisar importar ninguém, para poder pegar os técnicos que são baianos, que sabem de toda a grande história da Bahia e ter a Assembleia Legislativa com o maior número de parlamentares adeptos para que os projetos sejam aprovados, para que o orçamento seja aprovado, e o avanço da Bahia seja realmente tão merecido quanto o povo precisa e espera”, disse.

“Quando a gente passa pelas cidades e vê esperança no olho das pessoas, você vê brilho nos olhos das pessoas, as pessoas realmente clamam para serem respeitadas, para terem a possibilidade de melhorar seus investimentos. Mas quem estiver no governo tem que entender esse histórico, tem que reconhecer as potencialidades de cada área para que realmente possa se avançar rapidamente em pouco tempo. Para não ficar patinando com profissionais, com pessoas que ocupam cadeiras por trocas políticas e partidárias. A gente não precisa de político fazendo trocas, fazendo toma lá dá cá”, acrescentou.

Assim como Roma, ela também defendeu a viabilidade de mudanças para o agro baiano. “Então, esse é o maior desafio. É exercer um governo que vai ser técnico, que não precisa trocar moedas. E aí a gente vai realmente operar grandes mudanças, tornar viável todas as grandes mudanças, seja no agro, seja no pequeno agricultor, seja em todos os projetos de ligação do sertão, temos quase 80% do nosso território ainda no semiárido, com grandes áreas sem receber o processo de irrigação, porque teve desvio lá atrás. Então, para a gente conseguir executar rápido, nós precisaremos de governo técnico e que seja competente para alinhar com todas as reformas do governo”, posicionou-se.