Em Salvador, Ciro Gomes critica aprovação da PEC Kamikaze: ‘É uma vergonha’

O pré-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT), criticou a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê gastos de R$ 41,2 bilhões em medidas para auxílio à população pobre e para algumas outras categorias profissionais como os caminhoneiros.

Ciro participou, na manhã deste sábado (2), dos festejos da Independência da Bahia. Ele caminhou ao lado de aliados com a vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos, e do presidente do PDT na Bahia, Félix Mendonça Jr. No meio do trajeto, Ciro torceu o pé e retornou ao Wish Hotel, no Campo Grande. A tarde ele participa de encontro com militantes e apoiadores. 

Batizada pelo próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, de PEC ‘Kamikaze’, a emenda estabelece um estado de emergência no país para viabilizar a criação de um voucher temporário de R$ 1 mil para caminhoneiros autônomos e um benefício para taxistas. Tais medidas, sem o estado de emergência supostamente causado pela crise nos preços elevados dos combustíveis, poderiam ser contestadas na Justiça, haja vista que a lei proíbe criação de benefícios sociais em anos eleitorais, salvaguardando casos específicos.

“Tudo que se puder fazer pelos pobres brasileiros deve ser feito porque é desesperador a situação, mas nós não podemos resolver o problema do povo pobre brasileiro até dezembro. Não é muito menos servindo lá o lado dessa migalha, do banquete dos plutocratas, do barões a constituição enfrangralha”, disse Ciro Gomes, que participa dos festejos do Dois de Julho, em Salvador. 

“Portanto é uma vergonha e absolutamente chocante que o poder poder político brasileiro, por todos os lados, siga se prostre a essa invasão inconstitucional e ainda mais que o Supremo Tribunal Federal [STF] que é o guardião da Constituição aceite isso finalmente”, criticou.