“Precisamos saber de fato o que Neto quer”, diz Ireuda sobre a vaga para vice na chapa do União Brasil

A vereadora de Salvador Ireuda Silva (Republicanos) falou sobre a escolha do nome que sairá como vice na chapa do pré-candidato ao governo do estado, ACM Neto. Ela, junto com o presidente estadual da sigla, Márcio Marinho, e o deputado federal Marcelo Nilo, são algumas das opções dentro do partido para ocupar a vaga. Também estão na disputa a ex-vereadora Rogéria Santos de Salvador e a vereadora de Serrinha, Edilene Santana.

Questionada sobre sua expectativa para assumir a corrida estadual ao lado do ex-prefeito de Salvador, Ireuda disse que a responsabilidade da escolha está em Neto. Ela disse que cabe a ele se posicionar e definir quem será o seu companheiro ou companheira de chapa. 

“Bom, essa questão aí é tratada entre o presidente nacional e o presidente do estado, no caso, Márcio Marinho. Ele é um dos indicados e merecido, vem de uma trajetória de trabalho muito grande, apoiando sempre o Neto dentro do seu governo, e nós temos também o (Marcelo) Nilo, agora, nós precisamos saber de fato o que é que o candidato Neto quer. Estamos nessa dependência de saber o que Neto quer. É ele que precisa decidir”, afirmou a vereadora em entrevista ao editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, na Rádio Nova Brasil FM, nesta quinta-feira (26).

Ainda de acordo com Ireuda, apesar de seu nome figurar como uma possibilidade, há uma preferência do partido por Marinho, seguido por Nilo. “Nós temos ali, dentro do Republicanos, dois nomes configurados e digo pra você que Márcio Marinho tem uma prioridade considerável dentro do partido por sua trajetória de luta, pelo trabalho, pelo que ele representa hoje dentro dos segmentos. Então, ele é um nome, e Nilo também. Agora nós precisamos que Neto decida. Nessa questão aí, é Neto que decide o que precisa acontecer”, pontua.

Violência contra mulher

Atual presidente da Comissão da Mulher na Câmara de Salvador e militante da causa de violência contra a mulher, a vereadora conta que já chegou a ser atacada ao expressar seu posicionamento político na internet. O internauta, segundo ela, um policial militar aposentado, lhe xingou com palavras de baixo calão, após a vereadora ter elogiado a gestão de ACM Neto na prefeitura de Salvador. “O cara me xinga simplesmente por essa fala minha. A violência, o âmbito que ela é, é muito sério”, lamenta ela, que diz ter aberto um processo contra o agressor.

Dentro da defesa do direito das mulheres, que é sua maior pauta, a vereadora critica a demora da Justiça em julgar os casos de violência doméstica. “Nós temos uma rede de apoio e a Lei Maria da Penha que é uma lei complexa, mas estamos muito aquém ainda porque o número de violência é muito grande e ainda se é pouco o que nós temos. Nós não precisamos criar novas ferramentas, não é disso que eu estou tratando, e sim, de eficácia. Nós precisamos ter uma celeridade maior para assistir e libertar essa mulher dentro da opressão”, pontua. 

“A violência doméstica é algo de urgência e precisa que os equipamentos públicos atuem na mesma celeridade”, completa ela, que também reforça a importância da própria mulher se conscientizar sobre a questão.

“É preciso essas mulheres darem um grito, é preciso elas entenderem que a questão não está tão somente em denunciar não. Denunciar é um fato, é dever de todos, agora a gente precisa tratar de atitude, de consciência, essa mulher precisa ter consciência de que ela precisa viver e ela não vive dentro de uma relação como essa”, afirma. 

Outro ponto criticado por Ireuda é a falta de mulheres com filhos no mercado de trabalho. Para ela, a oportunidade de emprego e capacitação é um dos pontos chaves para libertar as vítimas de agressão. “Não somente o poder público, mas a sociedade também precisa ter consciência”, diz.

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