Policiais acusados de envolvimento com a maior milícia do Rio são presos

Seis pessoas foram presas na manhã desta sexta-feira (20) durante a Operação Heron, que investiga agentes públicos aliados à maior milícia em atividade no estado. Três policiais militares, seis agentes penitenciários e uma delegada estão entre os alvos.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e as polícias Militar e Civil coordenam a ação. Segundo o MP-RJ, os policiais eram responsáveis pelo repasse de informações privilegiadas aos integrantes da organização criminosa – incluindo posicionamento de viaturas e investigações em andamento – em troca de pagamentos.

A milícia vinha atuando na região de Campo Grande e Santa Cruz, comunidades da zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Investigações apontam que os servidores tinham contato direto com homens de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, irmão e um dos sucessores de Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto pela polícia em junho do ano passado. Zinho é foragido da Justiça.

Policiais da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e agentes do MP-RJ saíram para cumprir, ao todo, dez mandados de prisão e 11 de busca e apreensão. Na casa de um dos policiais penais, a força-tarefa apreendeu dinheiro e armas.